Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), já considerando apenas as candidaturas consideradas aptas, demonstram que o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), o Partido Democrático Trabalhista (PDT) e o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) são as agremiações com maior quantitativo de candidatos no Maranhão para as eleições municipais 2016.

Os comunistas concorrem com 1562 nomes, o que representa 8,86% do total de candidaturas no estado. Em sua cola, o PDT apresenta 1.062 nomes, ou 6,62% dos postulantes. Na sequência vem o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), com 1.049 nomes (5,95%); o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), com 951 candidatos (5,39%) e o Partido Republicano Brasileiro (PRB), que lançou 886 candidatos (5,03%). Ao total, foram registradas 17.629 candidaturas a prefeito, vice-prefeito e vereador.

Na outra ponta da lista, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), o Partido Comunista Brasileiro (PCB) e o Rede Sustentabilidade (REDE) são os com menor quantitativo de postulantes a cargos eletivos. O PSTU lançou 10 candidatos no Maranhão, o que representa 0,06% das candidaturas, o PCB, 46 nomes (0,26%) e o REDE, 162 nomes (0,92%). O NOVO não lançou candidaturas no estado, por não possuir diretório estadual no Maranhão

O domínio do PCdoB no Maranhão fica ainda evidente quando consideradas apenas as candidaturas a prefeito. São 103 afiliados disputando as chefias dos executivos municipais, o que representa 15,49% dos candidatos em todo o estado.

Dos 665 nomes que disputam as prefeituras, o PSDB é o segundo com mais candidaturas. São 78, ou 11,73% dos postulantes. Em terceiro aparece o PDT, com 59 candidaturas (8,87%), seguido do PMDB, com 47 (7,07%) e do Partido Progressista com 38 candidaturas (5,71%).

Entre os que menos lançaram candidatos figuram o PSTU, com apenas uma candidatura, o PMB, que concorre em duas cidades e PHS, PROS, PRP e PRTB, que concorrem em 4 cidades cada.

Mais uma vez o domínio é do PCdoB. São 1399 candidatos a vereador no estado, o que representa 8,58% do quantitativo geral. O PDT lançou 954 (5,85%); o PSDB 924 (5,67%) e o PMDB 860 (5,28%).

Entre os que menos lançaram postulantes ao legislativo estão o PMB, com 226 candidaturas; o PPL, com 155 nomes, A Rede Sustentabilidade, com 145 candidatos; o PCB, com 36 candidatos e o PSTU, que lançou apenas 8 candidatos.

O PMDB é o partido com mais candidaturas em todo o Brasil, são 42.919 pleiteantes a cargos eletivos, o que representa 9% de todas as candidaturas no país.

Com 34.513 candidaturas, o PSDB é o segundo que mais lançou nomes. Na sequência vem o PSD, com 28.408 (5,96%); o PP, com 27.051 (5,68%) e o PSB, com 26.020 (5,46%) dos candidatos.

Nacionalmente, os partidos com menor expressividade no número de candidatos são o PSTU, com 312 nomes; o PCB, com 288 candidaturas; o NOVO, com 138 nomes e a lanterna cabe ao PCO, que concorre com apenas 71 nomes em todo o país.

Um dos efeitos mais visíveis da perda de credibilidade do PT é o baixo número de candidatos que a legenda tem nas eleições municipais deste ano. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas 23.599 petistas disputarão o pleito de outubro, entre postulantes ao cargo de prefeito, vice-prefeito e vereador.

O número representa uma queda de 47,2% em relação a votação de 2012. Com a brusca queda, o PT foi o partido que mais candidatos perdeu entre as legendas grandes, médias e pequenas. Somente o PCB perdeu mais candidatos proporcionalmente, com uma queda de 57% na comparação com o pleito realizado há quatro anos.

Um estudo da UFPR mostra que campanhas eleitorais estão mais despolitizadas e que candidatos têm escondido as legendas dos partidos e coligações. O estudo também aponta que os maiores partidos do país são mais parecidos do que se imaginava.

Os dados de PT e PSDB estão entre os mais semelhantes. O Monitor Eleitoral, projeto de um grupo de pesquisas da Universidade Federal do Paraná, mostra que partidos e coligações estão “escondidos” na maioria das propagandas, enquanto nome, número e imagem dos candidatos são mais destacados.

Apenas 20% dos candidatos mostram o partido na internet. O estudo é feito a partir da análise da propaganda em ambiente virtual dos 221 candidatos a prefeito neste ano nas capitais brasileiras.

Pelo Facebook, entre os 2007 perfis analisados, 54,3% dão destaque para o número da candidatura; 20,2% destacam a sigla, enquanto 14,4% não fazem menção a ela; apenas 7,7% destacam os símbolos e cores das legendas e só 3,4% dão visibilidade à coligação.