ELEIÇÕES 2016

Dia de coletiva para alguns candidatos a prefeitura de SL

Após o anúncio do cancelamento, três candidatos convocaram coletivas com a imprensa, para comentando seus posicionamentos sobre o caso

O cancelamento do debate entre os candidatos à prefeitura de São Luís, que seria promovido pelo Sistema Difusora de Comunicação na noite de ontem, reacendeu a disputa entre os pleiteantes à chefia do executivo municipal. Após o anúncio do cancelamento, três candidatos convocaram coletivas com a imprensa, para comentando seus posicionamentos sobre o caso.
O cancelamento se deu após decisão judicial que obrigava a emissora a garantir a participação do candidato Eduardo Braide (PMN) no evento, apesar do mesmo não atender aos critérios estabelecidos pela legislação eleitoral que tornem obrigatória sua participação.
Em nota, a emissora se manifestou sobre o cancelamento do debate, informando que intercorrências judiciais inviabilizaram a realização do evento, que havia sido preparado para participação apenas dos candidatos que correspondiam a resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujos partidos possuem representatividade na Câmara Federal, o que em São Luís corresponde a Edivaldo Holanda Junior (PDT), Welington do Curso (PP), Eliziane Gama (PPS) e Fábio Câmara (PMDB).
A emissora informou que estaria com tudo ajustado para a viabilização do debate, mas alegou que não teria condições técnicas e estruturais para seguir com a programação, pois não haveria tempo de reorganizar a participação de mais candidatos.
Ainda segundo a emissora, o departamento jurídico do grupo entrou com recurso contra a decisão judicial que garantiu a participação de Eduardo Braide no debate, mas não houve pronunciamento judicial a tempo de garantir operacionalização do evento.
Eliziane
A candidata do PPS lamentou o cancelamento do debate e afirmou que esta suspensão do debate foi feita para proteger o atual prefeito da capital maranhense. Eliziane disse que o cancelamento prejudica a população que teria ali naquele espaço a oportunidade de conhecer todos os que disputam a eleição para a prefeitura de São Luís.
Eliziane informou que os advogados da sua coligação ajuizaram ação na justiça para tentar reverter o cancelamento do debate. “Retiraram o seu direito de conhecer quem são os candidatos que se se propõem a governar a nossa cidade. Este cancelamento está muito estranho. O atual gestor disse que iria para este debate. Ele não foi a nenhum outro. Hoje a TV Difusora está sob o comando do presidente do PDT, partido que é do prefeito. Para mim, está muito claro: foi uma manobra política para proteger o atual gestor de São Luís”, disparou Eliziane.
Eduardo Braide
O candidato Eduardo Braide (PMN), concedeu entrevista coletiva para falar sobre o imbróglio jurídico que culminou na decisão de cancelar o debate da TV Difusora. Ele explicou que sua equipe jurídica pleiteou na justiça a sua participação no evento, baseado no argumento que representantes de todos os candidatos deveriam ter sido convidados a participar da reunião de planejamento do debate, algo que não foi realizado. Ele explicou ainda que a decisão proferida garantia sua participação, e abria margem para que todos os demais não convidados inicialmente participassem da rodada de debates, fortalecendo o processo democrático.
Wellington
No início da noite foi a vez do candidato do PP, Wellington do Curso, convocar a imprensa para apresentar seus argumentos contra o cancelamento do debate da TV Difusora.
Wellington afirmou existir uma “ditadura do pensamento único” na capital maranhense, caracterizada “pela união de diversos candidatos capitaneados pelo governo do estado”, no sentido de abafar qualquer pensamento ou corrente política discordante da assumida pelo governador do estado, Flávio Dino.
“É lamentável que um veículo de comunicação histórico, como o sistema Difusora, esteja nas mãos de correntes políticas e esteja atuando diretamente sobre o pleito. O PDT impõe sua vontade e está usando uma concessão pública para obter benefícios de campanha. Isso é inadmissível!”, bravejou o pepista.
Welington afirmou ainda que existe um complô para evitar o seu confronto direto, durante o debate, com o atual prefeito de São Luís. “Arquitetaram esta situação para proteger Edivaldo Holanda. Isso é inadmissível”, disse.
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