A sessão de impeachment no Senado Federal, presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski, recomeçou às 13h15. O advogado da presidente afastada Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, requereu que o economista Luiz Gonzaga Belluzzo fosse ouvido na condição de informante. Ele era uma das testemunhas de defesa. O pedido foi acatado por Lewandowski, que ainda definiu que o advogado Ricardo Lodi também será ouvido na condição de informante.

Em questão de ordem, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) informou a Lewandowski que os parlamentares que pró-impeachment abriram mão de seus questionamentos as testemunhas para acelerar o processo de oitivas. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) iniciou as perguntas a Belluzzo questionando se o ajuste fiscal trouxe mais prejuízos a economia.

Belluzzo destacou que a política fiscal trouxe prejuízos a economia e por isso houve aprofundamento da recessão.”Se formos olhar a política fiscal executada, levou a uma contração brutal da receita, como era esperado em 2014. Fizeram ajustes fiscais. O déficit aumentou. Foi para tentar reanimá-la [a economia]”, disse Belluzzo.

A senadora Ana Amélia (PP-RS) afirmou, durante o julgamento de Dilma no Senado, nesta sexta-feira, dia 26, que entrará com uma representação no Conselho de Ética do Senado para questionar as declarações da senadora Gleisi Hoffmann.

Segundo ela, as declarações de Gleisi ofendem todos os senadores em um momento delicado do processo de impeachment. “A generalização é o pior dos problemas. Ela diz que o Senado não tem moral e não aponta quem tem problemas. Isso não pode ocorrer”, afirmou.

A senadora do Rio Grande do Sul detalhou que as afirmações do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), contra as críticas de Gleisi foram corretas, mas deveriam ter sido feitas na sessão de ontem. Ela destacou que o processo de impedimento precisa caminhar com tranquilidade.