APOIA OU NÃO APOIA?

PSB segue sem definição quanto a apoio ou candidatura própria

Espera-se para esta semana o fim da tensão política dentro do partido: apoia Edivaldo Jr. ou lança candidatura própria

A agenda política da semana terminou com um debate ainda sem solução. Para onde vai o PSB do senador Roberto Rocha? A queda de braço interna se agravou na última semana. Motivo: Rocha quer ver o filho – vereador Roberto Rocha Júnior – como candidato a vice do prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT).
Mas esbarra em dois problemas: 1 – o PCdoB do governador Flávio Dino, com forte influência no PT municipal, prefere o advogado Mário Macieira; 2 – Bira do Pindaré, deputado estadual, insiste em ser candidato pelo partido, à revelia do presidente estadual.
A favor de Bira pesam a influência que detém entre delegados do diretório municipal e a benção de Flávio Dino. Ele está tão focado na candidatura própria que ajuizou uma ação contra a Comissão Provisória que comanda a executiva municipal.
Pediu que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) fique de olho para que o regimento interno do PSB seja cumprindo e não haja contrariedade à Lei Eleitoral.
Bira esperava uma posição sobre sua candidatura no dia 14 (quinta-feira). Foi até o diretório municipal para se reunircom Rocha Júnior. Chegando lá, não o encontrou e ficou sem resposta. Irritado, o deputado disparou: “Nós não vamos parar. Vamos prosseguir a nossa luta. Partido político não é propriedade privada. Não tem dono. E eu não vou aceitar mandonismo, coronelismo de ninguém. Não aceito”.
O pré-candidato do PSB insiste na candidatura, mas não está bem nas pesquisas pré-eleitorais (confira matéria na página 3). No primeiro semestre ele até esboçou um crescimento, chegando a 8% das intenções. Hoje, porém, estacionou entre as últimas opções dos eleitores. Aliados avaliam que o imbróglio interno prejudicou sua imagem de pré-candidato e desencorajou simpatizantes.
Rocha quer Edivaldo
Roberto Rocha quer o PSB com Edivaldo. Mas com uma condição (que ele nega publicamente): seu filho como vice. Durante a semana, trabalhou forte para dar cabo à polêmica e anunciar a chapa PDT-PSB para as eleições municipais.
Ele viajou, ao lado de Rocha Júnior, para encontrar o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira. Tentou levar o PDT junto. Não conseguiu. No encontro, conversou, basicamente, sobre São Luís. E obteve o apoio para seguir com o projeto.
Na noite da última sexta, postou foto ao lado do presidente nacional. O objetivo: mostrar força e enfraquecer Bira. Rocha declara que deseja o consenso dentro do partido. E trabalhar para estimular o apoio a Edivaldo. Mas não espera concordância.
“Temos vários nomes com capacidade e estatura para compor a chapa do prefeito. Em política não se deve condicionar ações. Mas buscar confluências que sejam frutíferas para ambas as partes”, diz.
A polêmica continua. E há muita saliva pra gastar antes do desfecho da crise no PSB. Talvez por isso a convenção do partido ainda esteja sem definição. É preciso chegar lá sabendo para onde ir.
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