Câmara Federal

Pelo menos 16 deputados estão cotados para disputar a presidência

Abandono dos parlamentares do bloco (PSBD-DEM-PPS-PSB) durante reunião ontem, evidenciou que é praticamente impossível unidade

O sonho do presidente em exercício, Michel Temer, de ter um nome de consenso em torno do governo para suceder o deputado Eduardo Cunha e, assim, evitar um racha na base de sustentação, está bem distante. O episódio ocorrido ontem durante reunião de líderes da Casa, com o abandono dos parlamentares do bloco formado pelo chamado Centrinho (PSBD-DEM-PPS-PSB), evidenciou que é praticamente impossível a unidade para apoiar uma candidatura consensual.
Ontem, logo após anúncio da renúncia de Cunha, um festival de nomes para sucedê-lo começou a ser especulado. Há pelo menos 16 deputados cotados para disputar a Presidência da Câmara. Deste total, pelo menos 10 são tidos como da base governista. O plano inicial do governo de buscar unidade em torno do nome do líder do PSD, Rogério Rosso, se esfacelou. Carimbado como aliado de Cunha, o Centrinho minou sua candidatura. Nos bastidores, Rosso alimentava o desejo de ser o presidente tampão. Ontem à noite, ao perceber que a base não chegaria a um consenso, comunicou que seu nome não estava posto na disputa. “Não sou candidato. Entendo que precisamos procurar o maior consenso possível. Não serei o 21º candidato. O ideal é buscar o consenso na base, mas acho muito difícil.”
O nome que surgiu com muita força ontem foi o do ex-líder do DEM, Rodrigo Maia. A nova oposição, formada principalmente por PT e PCdoB, poderia, inclusive, apoiá-lo. Parlamentares petistas comentaram reservadamente que, dependendo do entendimento, poderiam sim defender um nome do DEM, partido que fez oposição ferrenha ao governo da presidente afastada, Dilma Rousseff. O deputado José Carlos Aleluia também colocou seu nome à disposição. Ele, inclusive, já liga para colegas pedindo votos.
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