32ª fase

Lava-Jato busca dinheiro da Petrobras em banco do Panamá

A Operação Caça-Fantasmas investiga instituição bancária que atuava no Brasil sem o conhecimento do Banco Central

Policiais federais estão nas ruas nesta quinta-feira para cumprir sete mandados de condução coercitiva e 10 de busca e apreensão na Operação Caça-Fantasmas, a 32ª fase da Lava-Jato. Uma das conduções é de Edson Fanton, que acusou os investigadores da Lava-Jato de instalarem uma escuta ilegal dentro da cela do doleiro Alberto Youssef. A investigação aponta que uma instituição financeira panamenha atuava no Brasil, sem autorização do Banco Central (BC), com o objetivo de abrir e movimentar contas em território nacional, viabilizando o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional. De acordo com a Polícia Federal (PF), as ações ocorrem nas cidades de Santos, São Bernardo do Campo e São Paulo.
Há indícios de que o banco funcionava como uma agência de private banking no Brasil. A PF afirma que os investigados tinham também como produto a comercialização de empresas offshore, registradas pela Mossack Fonseca, empresa que já foi alvo da 22ª fase da Lava-Jato. Os serviços disponibilizados pela instituição financeira investigada e pelo escritório foram utilizados, dentre diversos outros clientes do mercado financeiro de dinheiro “sujo”, por pessoas e empresas ligadas a investigados. A investigação concluiu que recursos retirados ilicitamente da Petrobras possam ter transitado pela instituição financeira investigada.
São apuradas as práticas de crimes de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, lavagem de ativos e organização criminosa transnacional. Os investigados serão levados às sedes da PF nas respectivas cidades onde foram localizados. Como os mandados são de condução coercitiva, os investigados devem ser liberados ou não após serem ouvidos.
Atuação obscura
O nome desta etapa da Lava-Jato, segundo a PF, refere-se à apuração da extensão obscura da instituição bancária no Brasil, bem como a vasta clientela que utiliza de seus serviços e do escritório Mossack Fonseca para operações financeiras com características de ilicitude e de forma oculta.
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