GRAVAÇÕES

Sarney pede investigação sobre vazamento de delação

Defesa do ex-presidente também pediu ao STF acesso ao pedido de prisão contra ele apresentado pela PGR

A defesa do ex-presidente José Sarney pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) acesso ao pedido de prisão apresentado pela Procuradoria Geral da República (PGR) e ainda que seja aberto inquérito para apurar o vazamento da delação premiada do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.
A Procuradoria-Geral da República apura se os líderes do PMDB tentavam atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Pedidos de prisão também foram feitos para o presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador Romero Jucá, e o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou nesta sexta-feira, ao participar do encerramento de um encontro de representantes do MPF, em Brasília, que o vazamento de informações sobre os pedidos de prisão tenha partido do Ministério Público Federal (MPF).
O advogado de Sarney, Antonio Carlos de Almeida Castro, também pediu acesso às gravações e à delação premiada de Machado. No pedido encaminhado ao ministro Teori Zavascki, o Almeida Castro solicita o número e a classe processual da delação premiada de Machado, os termos de depoimentos e os áudios. “Se confirmadas [gravações], poderão não apenas escancarar uma faceta sombria, anti-democrática e não republicana de determinados órgãos investigativos, mas podem revelar uma estratégia deliberada de tentar provocar e jogar a população contra o Poder Judiciário, como se o Supremo Tribunal Federal fosse ceder a pressões”, argumenta o advogado no pedido encaminhado ao STF.
O procurador-geral Rodrigo Janot rebateu críticas feitas a respeito dos vazamentos. “Figuras de expressão nacional, que deveriam guardar imparcialidade e manter decoro, tentam disseminar a ideia estapafúrdia de que o Procurador-Geral da República teria vazado informações sigilosas para, vejam o absurdo, pressionar o Supremo Tribunal Federal e obrigá-lo a decidir em tal ou qual sentido, como se isso fosse verdadeiramente possível”, disse Janot.
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