ELEIÇÕES 2016

PROS entra na corrida por um espaço no cenário político do MA

O líder estadual do PROS e presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Gastão Vieira, fala sobre como tem trabalhado o seu partido no MA

Com menos de três anos oficiais, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS) se prepara para sua segunda eleição, buscando garantir mais espaços no cenário político nacional. Em São Luís, não terá candidato majoritário próprio, mas está no grupo aliado ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) e busca eleger um número razoável de vereadores.
O líder estadual do PROS é Gastão Vieira, também presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Em entrevista a O Imparcial, ele falou sobre como tem trabalhado o partido no Maranhão, as alianças com vistas às eleições de outubro próximo e a experiência no FNDE.
No que diz respeito ao pleito em São Luís, a escolha por coligar com PDT, dando suporte ao atual prefeito, Gastão afirmou que a decisão foi tomada depois de muita reflexão interna. “Nossa decisão foi baseada em muita conversa, muita análise”.
Na corrida proporcional, o PROS tem intenção de ficar com, pelo menos, duas vagas na Câmara Municipal de São Luís. Nas outras cidades, também terá candidatos ao Legislativo e, em algumas, ao Executivo. “O PROS vai concorrer com candidato a prefeito, vice-prefeito, com candidatos a vereador em praticamente mais de cem municípios do Maranhão. […] No caso da Câmara de Vereadores de São Luís, nós temos quase 50 pré-candidatos e podemos fazer de dois a três vereadores na capital”.
Sem grupo
Gastão Vieira é próximo a lideranças do Grupo Sarney, que comandou o Maranhão por mais de 50 anos. Foi candidato a prefeito em 2008 e ao Senado em 2014, quando ainda estava filiado ao PMDB. Buscando mais independência, mudou para o PROS. A troca de partido favoreceu uma nova postura: não tomar partido de grupos políticos, podendo manter amizades com governistas e oposicionistas.
“Nos damos muito bem tanto com o grupo Sarney, do qual eu sou originário e não tenho nenhum tipo de atrito, quanto com o governador Flávio Dino, agora com maior aproximação em função da posição que eu tenho de presidente do FNDE”.
FNDE
Com a experiência de já ter sido ministro do Turismo, Gastão diz que o trabalho no Fundo Nacional é muito maior do que se possa imaginar. “É desafiador porque a percepção das pessoas é que o FNDE é um lugar de muito dinheiro onde tudo pode ser feito. Isso é um grande engano, quem pensa assim não tem a menor ideia do que é o FNDE”.
CINCO PERGUNTAS
1 – Estamos em ano eleitoral e as alianças partidárias estão sendo construídas. Em que momento o PROS, partido que o senhor preside, decidiu seguir com o atual prefeito, Edivaldo Holanda Júnior?
Gastão Vieira – Nossa decisão foi baseada em muita conversa, muita análise e chegamos à conclusão, nós da direção do partido e nossos pré-candidatos a vereador, que a melhor postura para o PROS seria apoiar a candidatura de Edivaldo Holanda.
2 – E como o PROS tem se preparado para o pleito nos outros 216 municípios do Maranhão? E para a corrida por vagas na Câmara Municipal de São Luís?
O PROS vai concorrer com candidato a prefeito, vice-prefeito, com candidatos a vereador em praticamente mais de cem municípios do Maranhão. E isso é muito importante porque, mesmo sendo um partido novo, conseguimos nos fortalecer com uma direção séria e que tenta fazer uma política mais adaptada ao momento que estamos vivendo no nosso país. No caso da Câmara de Vereadores de São Luís, nós temos quase 50 pré-candidatos e podemos fazer de dois a três vereadores na capital. Portanto, a nossa prioridade é eleger o maior número de candidatos a vereador em todo o Maranhão.
3 – Como tem sido sua posição e, consequentemente, do PROS no campo político maranhense, hoje dividido majoritariamente entre dois grupos (Grupo Dino e Grupo Sarney)?
O PROS no campo político maranhense ele cuida, como diria a linguagem comum, da sua vida. Nós estamos buscando o fortalecimento do partido, nos damos muito bem tanto com o grupo Sarney, do qual eu sou originário e não tenho nenhum tipo de atrito, quanto com o governador Flávio Dino, agora com maior aproximação em função da posição que eu tenho de presidente do FNDE.
4 – E como têm se desenvolvido os trabalhos dentro do FNDE? Os cortes feitos pela atual gestão federal afetaram a pasta?
O FNDE é um enorme desafio. É um órgão complexo, com um grande orçamento, que atende a uma quantidade muito grande de programas, os mais variados e que é, digamos assim para resumir, o braço financeiro do Ministério da Educação. É desafiador porque a percepção das pessoas é que o FNDE é um lugar de muito dinheiro onde tudo pode ser feito. Isso é um grande engano, quem pensa assim não tem a menor ideia do que é o FNDE. Isso aqui é um órgão com funcionários de carreira, dedicados.
Temos uma estrutura muito bem montada em termos de decisões, em termo de ações e é um enorme desafio fazer com que o FNDE responda a duas grandes questões: de um lado a maior transparência possível e, do outro, a maior eficiência para que os programas sejam efetivamente um pilar para que o MEC alcance os seus resultados.
5 – O que o senhor destacaria nesses quase três meses a frente do FNDE, em relação ao Maranhão?
O Maranhão tem sido, assim como os outros estados, bem visto pelo FNDE e também um grande desafio. De um lado porque nós temos hoje em nosso estado um número muito grande de prestações de contas atrasadas, de contas que nem são prestadas, de recursos que não foram liberados porque a obra foi abandonada.
Então, nós o priorizamos, não porque eu sou maranhense, mas porque o Maranhão precisa de uma atenção especial. Já fizemos duas reuniões, em São Luís e Imperatriz, onde os técnicos do FNDE tiveram um contato direto com os técnicos das prefeituras e até mesmo com os prefeitos para agilizar a solução dos problemas que comprometem a liberação de recursos para os seus municípios. Com isso, as coisas começaram a fluir e quem tinha dinheiro para receber está recebendo, recebendo ônibus escolares, a questão da merenda também está muito bem encaminhada.
Então, eu creio que o Maranhão, como o restante do país, hoje está se apropriando de uma forma muito mais útil e produtiva dos programas do FNDE.
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