INVESTIGAÇÃO

Polícia Federal recomenda arquivamento de inquérito contra Lobão

A recomendação, através de ofício, teve a alegação de que a PF não conseguiu reunir provas das acusações de Paulo Roberto Costa

Depois de ser alvo de tantas denúncias nos últimos anos, o senador Edison Lobão (PMDB-MA) recebeu uma importante notícia, que proporciona certo alívio momentâneo. A Polícia Federal recomendou o arquivamento do inquérito nº 3986 do Supremo Tribunal Federal, onde o senador é investigado.
A recomendação aconteceu no último dia 14, através de ofício encaminhado à Procuradoria-Geral da República, com a alegação de que a PF não conseguiu reunir provas nas acusações feitas por Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que teria dito que Lobão foi beneficiado com o pagamento de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) em propina, pagos pelo doleiro Alberto Youssef.
Repetição
Este foi o segundo inquérito aberto contra o senador em 2015. No primeiro inquérito (nº 3977), ele foi citado juntamente com a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB). Ambos eram investigados no caso, mas foi feito pedido de arquivamento pela PF desde fevereiro – está faltando apenas a manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. As duas investigações eram feitas dentro do âmbito da Operação Lava Jato
Autorização judicial
Em maio de 2015, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia autorizado o procurador-geral da República a realizar apurações prévias. No pedido encaminhado ao STF, Janot informou que precisava fazer apurações antes de decidir pela abertura ou não de inquérito.
No final de agosto de 2014, em dois depoimentos, Paulo Roberto disse que Edison Lobão teria pedido repasses para campanha de Roseana Sarney ao governo do Maranhão em 2010 e mais R$ 1 milhão, sem especificar os fins do dinheiro.
Tendo sido citado, o senador esteve na Polícia Federal, onde prestou depoimento. Ele confirmou que “passou a ter vários encontros com Paulo Roberto Costa” a partir de 2008, quando assumiu a pasta de Minas e Energia, no segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com o senador, os encontros costumavam ser no Ministério ou em eventos oficiais da Petrobras.Sobre as acusações, Lobão disse ter recebido as afirmações do delator com “indignação e revolta” e afirmou nunca ter procurado o ex-diretor para obter vantagens indevidas.
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