Arranque político

Candidatos se preparam para concorrer à Prefeitura de São Luís

Com menos de 120 dias para as eleições, candidatos buscam alianças e acordos com outros partidos para viabilizar candidaturas e aumentar chances

Em uma corrida eleitoral, parcerias são sempre bem-vindas e precisam ser construídas com atenção e cuidado. Tem que se cativar aqueles que aderem as suas ideias, fazê-los se sentir importantes na relação e partícipes na construção da relação.
As alianças partidárias são quase casamentos. Até por isso, é comum se dizer que candidato tal está paquerando determinado partido ou então a união está sendo formada mesmo pelas siglas. São os namoros políticos que andam fervilhando os encontros partidários – que, tais quais os passeios de casais, estão virando rotina nos fins de semana.
Em São Luís, alguns ‘relacionamentos’ estão bem adiantados; outros, acertados; e outros mais, à espera de propostas mais construtivas. As ‘declarações’ não podem ser tão simples, precisam demonstrar todo real interesse de quem está precisando de apoio, deixando revelar quais as vantagens para o ‘cortejado’.
Mais cotado
Edivaldo Holanda Júnior

Quem não tem do que se reclamar de apoio é o atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT). A sua base pré-eleitoral conseguiu montar uma estrutura diversificada, com mais 14 partidos aliados, entre eles, grandes como o PCdoB do governador Flávio Dino, o PR de Astro de Ogum (presidente da Câmara Municipal) e o Democratas de Juscelino Filho.

No centro dessa articulação, está Edivaldo, que afirma ser a união suprapartidária como a construção de um projeto. Algo como um casamento, só que com bem mais esposas. “São quinze partidos juntos nesse projeto”, afirmou Edivaldo.
Em negociações
Eliziane Gama

Ter conquistado o PSDB parece não ser ainda suficiente. A deputada federal Eliziane Gama quer outros ‘namoricos’ e, pra isso, tem conversado com lideranças de alguns partidos. Já tem como certo o apoio da Rede Sustentabilidade, garantia dada pela porta-voz nacional, Marina Silva. Apesar disso, precisa conversar mais com quem ela vai lhe dar por aqui, os porta-vozes estaduais Márlon Reis e Leyde Ana Rodrigues. Também conta com o PTN e o PTdoB.

Eliziane ainda tenta atrair alguns indefinidos importantes, como o PSB. Indecisos se lançam candidato próprio ou não, os socialistas perdem tempo na discussão e podem acabar por perder sua ‘independência sentimental’ e ter que aceitar as investidas de algum outro partido. E Eliziane está só à espera do sim do PSB, para configurar a base forte da sua pré-candidatura.
Mercado escasso
Wellington do Curso

Alguns partidos e pré-candidatos devem se ressentir de apoios mais sólidos. O Partido Progressista, por exemplo, tem na figura do deputado estadual Wellington do Curso um fenômeno que pode incomodar ‘várias casamentos’ firmados. Ele pode até não dividir as uniões, mas tem atraído a atenção do grande amor de qualquer político: o eleitorado.

Wellington ainda não é confirmado como pré-candidato, mas, se vier, tem tudo para se dar bem. O que lhe falta é um conglomerado partidário. Carência que só será sentida ou não quando as definições estiverem fechadas e a campanha for finalmente aberta.
Por outro lado, o PSB está se atrapalhando com tantos problemas internos, que não consegue esboçar uma definição do que pode ser do seu futuro. Situação que deixa mais difícil ainda pretensões de se formar alianças com uma majoritária.
Quem estava na mesma situação, mas já começa a inverter o quadro, é o Partido dos Trabalhadores. Não por problemas internos, mas pela falta de um projeto externo que os agrade. Estavam tentados a aceitar o ‘cortejo’ de Bira e PSB, caso os socialistas não tivessem se colocado na indefinição citada acima.
O PT parece estar exigente demais e, para isso, já determinou alguns cortes. Da relação anterior de quatro pretendentes ao posto de pré-candidato, dois abriram mão (Zé Carlos e Honorato Fernandes) e dois ainda continuam nas indicações (Zé Inácio e Mário Macieira).
Buscando alianças
Fábio Câmara

Alguns partidos ainda não se definiram quanto ao que fazer nas eleições deste ano. Até por isso, têm sido alvos de flertes quase que diários. O PMDB vem buscando firmar sua pré-candidatura própria e parece que está mais próximo disso do que antes. O vereador Fábio Câmara é o a nome que surge no cenário, após a desistência da deputada estadual Andrea Murad.

Esperando uma definição da cúpula do partido como se aguardasse a liberação dos pais para namorar, a deputada não se articulou antes com ninguém – até porque nada conspirava a favor dela.
Câmara, pelo contrário, ‘tem atirado para todos os lados’, conversando com o máximo possível de lideranças partidárias, na busca de uma coligação que sustente sua candidatura. “Nós temos o presidente da República. Não podemos ficar sem uma candidatura própria na capital”, disse Câmara, que já se reuniu com o PP, PHS, PMB, PSB, PSDB e outros.
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