De acordo com o Ministério Público Eleitoral do Maranhão, Waldir Maranhão (PP-MA), presidente interino da Câmara dos Deputados, passou todo mandato anterior -2011 a 2014 – sob perigo de cassação, por não conseguir comprovar a origem de maior parte do fundo da campanha de 2010.

Na mesma eleição, Waldir teria doado para si mesmo, R$ 557 mil, porém declarou apenas R$ 16,5 mil. De primeira, o deputado justificou que o dinheiro era fruto de seu salário economizado no período de 3 anos e quatro meses. Depois alegou haver vendido uma propriedade no valor de R$ 550 mil, no meio da campanha, em agosto de 2010, conforme aponta o MPE.

Mesmo a acusação sendo confirmada por duas decisões do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), Waldir Maranhão conseguiu protelar por quase quatro anos o julgamento, por meio de vários recursos protocolados e medidas concedidas pela Justiça Eleitoral.

A morosidade fez com que em 2015, o MPE considerasse processo perdido, em razão da eleição do deputado para um novo mandato. O caso acabou sendo arquivado pelo TRE.

Waldir ainda não está livre de acusações, pois segue no STF (Supremo Tribunal Federal) é a delação do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato, que aponta o parlamentar como um dos integrantes do grupo do PP (Partido Progressista) que recebia de R$ 30 mil a R$ 150 mil por mês do esquema de corrupção na Petrobras.