Minutos após as primeiras informações sobre os incêndios a ônibus em São Luís, promovidos por facções criminosas na última quinta-feira (19), viaturas, policiais militares, civis e integrantes do Corpo de Bombeiros tomaram conta das ruas em toda a Região Metropolitana de São Luís. O policiamento foi reforçado e todas as equipes do recém-criado Batalhão Tiradentes, do Serviço de Inteligência (GSI), do Batalhão de Choque, além das viaturas de área conseguiram, em menos de 12 horas, identificar e prender 14 envolvidos com a ação. Já na manhã do dia seguinte, oito presidiários, identificados como mandantes do crime, também já prestavam depoimentos para serem julgados e responderem legalmente pelos seus atos.

A ação, que expôs a atual capacidade de rápida atuação das polícias do estado não está isolada e a eficiência pode ser comprovada em números. Só em 2015, o total de prisões e apreensões em flagrante na capital maranhense cresceu 31,1% em relação a 2014. Dados do Departamento de Estatística e Análise Criminal da Secretaria de Estado de Segurança Pública do Maranhão enumeram 5.399 registros – entre prisões e apreensões em flagrante – no ano de 2015 contra 4.117 em 2014. O número de inquéritos concluídos também subiu: passou de 7.004 em 2014 para 8.077 em 2015, um aumento de mais de 15%.

E no comparativo com 2016, os números continuam favoráveis. Apenas nos Plantões Centrais da Região Metropolitana de São Luís, o total de prisões em flagrante nos quatros primeiros meses do ano foi cerca de 89% maior do registrado em 2015. Este ano foram 1.139 prisões realizadas nos Plantões Centrais contra 600 registradas no mesmo período do ano passado.

No que diz respeito às drogas, com novas estratégias e apoio dos serviços de inteligência, grandes traficantes foram alcançados e quadrilhas locais e interestaduais foram desarticuladas. Segundo cálculos da Polícia Civil, a estimativa é que desde 2015 o prejuízo foi R$ 5 milhões ao narcotráfico.

De acordo com o governador Flávio Dino, o rápido trabalho de identificação de mentores e realização de prisões em flagrante no caso de incêndios a coletivos, só foi possível devido às medidas adotadas pelo governo nos últimos 17 meses, as quais foram direcionadas para o reaparelhamento do sistema de segurança e a retomada da autoridade do estado sobre o sistema penitenciário. “Nós tomamos desde o início do governo todas as medidas para tomar a autoridade sobre o sistema penitenciário e garantir paz nas ruas no que se refere a esse tipo de ocorrência. Na quinta, infelizmente, uma dessas gangues que atua no Maranhão há décadas, emitiu um comando de ataque. Houve uma atuação imediata do sistema policial, frustrando, inclusive, novas ocorrências”, informou o governador.

De acordo com o Secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, o reforço do trabalho operacional, a valorização dos profissionais da segurança pública e o reaparelhamento do sistema de segurança do estado integram as ações que viabilizaram o aumento do número de capturas e apreensões na Grande São Luís. “É um trabalho contínuo, em que o estado está próximo à população e investe na contratação e formação de novos profissionais, em infraestrutura, tecnologia e que também promove a cultura da paz junto às comunidades”, explicou.

Nos últimos 17 meses, 1.500 policiais militares passaram a incorporar as guarnições que atuam em todo o estado. Viaturas, armamentos, e um novo sistema de comunicação, no qual foram investidos R$ 8 milhões, passaram a integrar a rotina de trabalho desses profissionais.

Com a criação do programa ‘Pacto pela Paz’, Segurança e Direitos Humanos passaram a caminhar juntos e medidas como o fortalecimento do policiamento comunitário, oferta de tecnologia para participação popular – como aplicativo Byzu, que facilita a realização de denúncias – e, a premiação de policiais pela apreensão de armas, melhoraram não apenas os resultados estatísticos como a presença da polícia nas comunidades. A percepção dos policiais dentro de suas corporações, também melhorou, motivações que ficaram claras durante a atuação policial da quinta (19) e sexta-feira (20), como informou o comandante-geral da Polícia Militar, comandante Frederico Pereira. “Desde o primeiro momento, nossos policiais se disponibilizaram a ajudar, se colocaram a postos, mesmo os que estavam de folga voltaram ao trabalho e temos uma corporação unida e comprometida e estamos muito felizes também de poder contar com o apoio da população”, afirmou Pereira.

Além do reaparelhamento das corporações policiais, o governo Flávio Dino destacou a efetiva reação do poder público na retomada do poder do Estado sobre o funcionamento do sistema penitenciário, iniciativa que resultou no que o governador chamou de marco histórico. “Estamos há um ano sem homicídio dentro do Sistema Penitenciário”, declarou. Fruto do trabalho dos últimos 17 meses, a conquista representa a superação da marca de 24 homicídios registrados apenas em 2014. O feito inédito se estende às unidades prisionais de toda a região metropolitana da capital, que também não contabilizaram nenhum assassinato nesse período.

Além dos investimentos em pessoal, com realização de concurso para 100 agentes penitenciários e seletivos para contratação de mais de 2 mil profissionais temporários, o governo atuou no fortalecimento de medidas de segurança e diminuição da superlotação alcançada com o acréscimo de cinco presídios concluídos em seis meses, alem do incremento de 51% no número de vagas. Também foram intensas as ações de ressocialização de presos que fizeram a diferença: atualmente, existem 1.500 internos inseridos em ações de trabalho e renda e mais de 180 internos matriculados no Projovem. As medidas são parte da cultura de segurança, paz e legalidade implementada pelo governo do estado.