O processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff teve continuidade nesta sexta-feira, no plenário da Câmara dos Deputados. 

No Maranhão, grupos pró e contra o  impeachment organizam manifestações que serão realizadas no domingo, dia 17, ponto alto das decisões na Câmara Federal em Brasília.

O movimento pró-impeachment denominado ‘Dia do Impeachment’ está marcado para acontecer no domingo na Lagoa da Jansen, em São Luís, às 14h.

Já a mobilização a favor do governo da presidente, intitulado ‘Vigília pela Democracia’, será realizada também no domingo, na Praça Nauro Machado, Centro Histórico de São Luís, às 8h e se estenderá durante todo o dia.

O evento é coordenado pela ‘Frente Brasil Popular’ e ‘Frente Povo Sem Medo’ com o apoio da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil no Maranhão (CTB-MA) que estima, inicialmente, no período matutino, a vigília reúna mais de 20 mil pessoas.

“A parcela da sociedade progressista e que acredita na democracia como motor do desenvolvimento social estará presente na Vigília deste domingo. Estamos certos que a votação do impeachment será a favor do Brasil e pela manutenção da ordem democrática”, ressaltou Joel Nascimento, presidente da CTB-MA.

Está prevista a apresentação de atores, artistas e cantores regionais, shows, apresentações populares com arte e cultura, entre outros. Um telão vai transmitir a votação diretamente do Plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

O presidente do Diretório PT-MA, Raimundo Monteiro, reafirmou a posição do partido em resistir ao impeachment da presidente Dilma Rousseff e fortalecer a base de apoio. “Estamos ligando para vários deputados em busca de apoio contra o golpe que estão querendo deflagrar. O PT é totalmente contra. Não podemos deixar isso acontecer. Passamos por grandes lutas em prol da redemocratização do estado. Isso que eles estão querendo fazer, é um golpe disfarçado. O diretório regional do Partido dos Trabalhadores está se mobilizando na busca de aliados e no combate direto contra esse golpe”, pontuou.

Já o PMDB, que era o maior aliado e agora dissidente do governo Dilma, no estado tenta manter-se à parte e deixar as decisões nas mãos dos deputados federais da sigla.

Algo que foi confirmado pelo presidente em exercício do diretório Estadual PMDB, Remi Ribeiro.“O [diretório] Estadual não está se envolvendo, somente acompanhando o processo de impeachment. Hildo Rocha fez uma enquete na internet para saber a opinião dos eleitores se ele fica contra ou a favor do processo.”