DUELO

Deputados disputam o comando do PP no Maranhão

De um lado, está o deputado federal e ex-presidente do PP, Waldir Maranhão, e do outro, André Fufuca, que chegou discreto, mas já assumiu o comando do partido

Waldir Maranhão e André Fufuca

Está cada vez mais séria a disputa interna dentro do Partido Progressista no Maranhão, dividido, hoje, em dois grupos que brigam pelo controle da sigla. De um lado, está o deputado federal e ex-presidente estadual do PP, Waldir Maranhão; do outro, o novato André Fufuca, que chegou discreto, mas já assumiu o comando do partido. O deputado estadual Wellington do Curso também passou à frente, assumindo o diretório municipal do PP.

A queda de um e ascensão dos outros estão diretamente ligadas à votação do impeachment na Câmara dos Deputados. Com o aumento dos rumores de que a presidente Dilma Rousseff cairia, a direção nacional do PP decidiu sair da base de apoio do governo e fechou em votar pelo impeachment. Contrariando a decisão, Waldir Maranhão votou contra – ele teve um encontro com o ex-presidente Lula, onde mudou voto.
Retaliação
A punição dada a Waldir partiu do comando do PP no Maranhão. A decisão foi do presidente nacional, senador Ciro Nogueira, que, de imediato, nomeou o substituto: o deputado federal André Fufuca, que havia se filiado ao PP há menos de um mês, vindo justamente pelas mãos de Waldir. A postura de Fufuca está sendo interpretada como uma traição, já que ele foi acolhido no partido por Waldir Maranhão.
A reação
Waldir, como era de se esperar, não gostou do corte feito e tratou de adotar medidas, como a ação na Justiça estadual, onde pedia que fosse reconduzido à presidência do partido. A justificativa de Maranhão para a justiça foi que ele não teve direito “ao princípio do contraditório e da ampla defesa”.
As ações de Waldir não se resumiriam a ter o comando do PP de volta. Ele também pretendia barrar a pré-candidatura do deputado Wellington do Curso pelo PP à Prefeitura de São Luís. Isso se daria pelo momento de aliança que Waldir faz com o governador Flávio Dino e o prefeito Edivaldo Holanda Júnior.
Negativa
Por enquanto, Waldir Maranhão não teve sucesso. André Fufuca continua à frente do diretório estadual e Wellington do Curso, além de permanecer no municipal, confirma sua indicação como pré-candidato a prefeito da capital pelo partido. A liminar impetrada por Waldir Maranhão para retornar ao comando do Partido Progressista no Maranhão foi negada na Justiça.
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