PROCESSO DE IMPEACHMENT

44% dos deputados do Maranhão ainda não têm posição

Em novo levantamento, há um empate entre favoráveis e contrários (já são cinco de cada). Oito deputados permanecem indecisos

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Bancada maranhense na Câmara acompanhada do senador Roberto Rocha

Com a Comissão do Impeachment montada e encaminhando as discussões da possibilidade de saída de Dilma Rousseff do poder, as opiniões dos parlamentares sobre o assunto vão se definindo. Quem estava indeciso tem procurado se postar de um dos dois lados. Da bancada maranhense, 44% estão indecisos em relação ao impeachment da presidente. Em novo levantamento de O Imparcial, pouca coisa mudou, mas teve um crescimento na postura pró-impea­chment. Há um empate entre favoráveis e contrários (já são cinco de cada). Oito deputados permanecem ‘em cima do muro’.

As variadas opiniões
rubens pereireia junior

Ouvimos um parlamentar que defende cada uma das po­sições. Rubens Pereira Jr. (PCdoB) sempre se mostrou contra ações onde não haja motivações con­cretas para o pedido de impea­chment. E disse que o proces­so só avançou até onde está por puro revanchismo do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“Sem crime de responsabili­dade, não pode prosperar o im­peachment, com uma denún­cia muito frágil que tramita na Câmara, além de ainda termos a condução por um presidente réu, que deflagrou o processo de impeachment como retaliação ao governo”, apontou o pecebista.
Do outro lado da situação, está a deputada Eliziane Gama (sem partido), que acredita que

O dossiê com a denúncia será enviado para Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República

 houve crime de responsabilidade por parte da presidente, além dela ter se colocado em uma situação de ingovernabilidade. Gama vai além, afirmando que nem Dilma e nem Temer servem para o Brasil.

“Desde o ano passado, te­nho me posicionado a favor do impeachment, pelo crime de responsabilidade e a falta de condições políticas de continu­ar governando o país. Entendo que a melhor solução dessa cri­se política seria a cassação das candidaturas de Dilma e Temer por irregularidades no financia­mento de suas campanhas de 2014, como vem sendo investiga­do pelo TSE. Dilma e Temer são a mesma coisa e a crise só seria mi­tigada, acredito eu, com a saída de ambos”, disse a deputada.
juscelino

Para o deputado Juscelino Fi­lho (DEM), “o Supremo Tribunal Federal definiu os procedimen­tos, a Câmara dos Deputados ins­talou a comissão específica e os trabalhos avançam sob normali­dade democrática”. Ele diz estar acompanhando tudo de perto e que vai votar com convicção.

“É delicado, complexo e de­cisivo o histórico momento que vivemos. É vital a condução do processo até o fim. Sei da intrans­ferível responsabilidade da mi­nha decisão e das consequências que elas trarão ao Brasil. […] Sou favorável ao processo de impe­achment, preenchidos os requi­sitos, cumpridos os ritos pre­vistos, apresentadas provas de acusação e assegurado o am­plo direito de contraditório e de defesa”, disse o deputado, completando estar “certo de que as instituições nacionais são suficientemente fortes, ma­duras e consolidadas” e que “o Brasil vai superar a crise políti­ca e encontrar em paz o melhor caminho para o desenvolvimen­to econômico e social”.
Na linha majoritária das opi­niões, o deputado Waldir Ma­ranhão (PP), vice-presidente da

waldir maranhao

 Câmara dos Deputados, adota cautela. Segundo ele, ainda é pre­ciso ver como a comissão que está analisando o caso vai conduzir as decisões. “O Partido Progres­sista, neste momento, avalia o processo e aguarda posiciona­mento da Comissão Especial da Câmara dos Deputados sobre um possível pedido ou rejeição do impedimento da presidente da República”, falou Waldir.

 
Comportamento partidário
Quando levantamos o posicionamento por partidos, há uma divisão normal, levando-se em conta que poucas são as siglas que detêm mais de uma vaga. Nestes casos, estão PMDB e PP, com três e dois deputados, respectivamente. Mas todos eles estão no campo da indecisão
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