CASO LULA

Se Moro quisesse me ouvir era só me mandar um ofício, diz Lula

Nesta manhã, o ex-presidente prestou depoimento sobre acusações de recebimento de propina. As residências dele e o Instituto Lula foram alvos da Operação Aletheia

Após prestar depoimento na Polícia Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu entrevista coletiva na sede do Diretório do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo. Ele se defendeu das acusações que pesam contra ele nas investigações da Operação Lava-Jato. “Se o [juiz Sérgio] Moro quisesse me ouvir, era só me mandar um ofício que eu ia prestar esclarecimento porque eu não devo e não temo”.
Lula comentou que chegou a desmarcar férias para prestar esclarecimentos à PF e ao Ministério Público. “Só existe uma intenção nesse comportamento da Justiça, que é muito grave. (…) Um processo em que a pirotecnia é maior qualquer coisa. É mais importante que a investigação que deve ser feita”.

Nesta manhã, a Polícia Federal cumpriu um mandado de condução coercitiva contra o ex-presidente, na 24ª etapa da Operação Lava-Jato, intitulada “Aletheia”. Os procuradores da força-tarefa do caso no Ministério Público Federal do Paraná afirmam que Lula recebia propina de empreiteiras. Os procuradores listam ao menos R$ 4,67 milhões em repasses ao petista feitos pelas empreiteiras Odebrecht e OAS ao petista. E ainda lança suspeitas sobre quase metade dos recursos recebidos por empresas e pelo instituto de 2011 a 2014.

O Ministério Público Federal no Paraná informou que o petista foi “um dos principais beneficiários” do esquema de corrupção na Petrobras, “enriqueceu” e usou os desvios para financiar campanhas políticas de seus aliados.

Com informações de Eduardo Militão.

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