Em nota, a presidente Dilma Rousseff manifesta “integral inconformismo” com a condução coercitiva do ex-presidente Lula para depor na 24ª fase da Operação Lava-Jato. No texto, a presidente alega que Lula compareceu voluntariamente para prestar esclarecimentos.

A presidente faz uma defesa da postura do governo diante da investigação de casos de corrupção. “No meu governo, garanti a autonomia dos órgãos responsáveis por investigações de atos de improbidade e de corrupção, mas sempre exigi o respeito à lei e aos direitos de todos os investigados”, diz Dilma, que ressalta o “protagonismo da Constituição, sob orientação Supremo Tribunal Federal” durante as investigações e possíveis punições de condenados.

“O respeito aos direitos individuais passa, nas investigações, pela adoção de medidas proporcionais que jamais impliquem em providencias mais gravosas do que as necessárias para o esclarecimento de fatos”, atesta a presidente. “Vazamentos ilegais, prejulgamentos antes do exercício do contraditório e da ampla defesa, não contribuem para a busca da verdade, mas apenas servem para animar a intolerância e retóricas antidemocráticas”, critica.