CRISE

PMDB discute expulsão de quem se recusar a desembarcar do governo Dilma

Hoje, além da vice-presidência da República, o PMDB ocupa os ministérios da Saúde, Minas e Energia, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Turismo, Aviação Civil e Portos

Vice-presidente negou que tenha dado a carta para ser publicada

A ala oposicionista do PMDB quer impedir que os sete ministros do partido se licenciem da legenda para permanecer nos cargos. Defensores do rompimento querem aprovar amanhã a expulsão de quem se recusar a desembarcar do governo. Hoje, além da vice-presidência da República, o PMDB ocupa os ministérios da Saúde, Minas e Energia, Agricultura, Ciência e Tecnologia, Turismo, Aviação Civil e Portos.

O diretório do partido se reunirá amanhã e a tendência é decidir pela saída do governo, apesar da resistência de ministros e alguns senadores e deputados. Os peemedebistas pró-impeachment passaram a manhã de ontem discutindo o que fazer com quem resistir a deixar o governo. “Essa decisão tem que ser encarada com seriedade. Os ministros que quiserem permanecer no governo vão ter que se desfiliar do partido. Os raros governistas que ainda restam no partido sonham com uma reunião que não defina nada”, afirmou Carlos Marun (PMDB-MS), um dos líderes do movimento de saída do governo.

“Não podemos permitir uma coisa dessas. Vamos aprovar a saída do governo e a punição para quem não sair”, afirmou Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), também oposicionista. “Não existe meio dentro ou meio meio fora. Não vamos permitir essa jogada mais. Quem quiser propor isso, que meta a cara. Os ministros, em vez de defender a não saída, têm que dizer por que não querem sair”, afirmou o peemedebista. Os posicionamentos da ala antigoverno são reação à decisão de alguns ministros de não entregar os cargos mesmo diante de uma eventual decisão pelo desembarque.

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