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PF prendeu executivo por informações que não existem, diz WhatsApp

Companhia classificou como”extrema” a decisão da Justiça de prender o vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan, nesta terça-feira

WhatsApp

O Whatsapp classificou como “extrema” a decisão da Justiça de prender o vice-presidente do Facebook na América Latina, Diego Dzodan. Ele foi detido nesta terça-feira porque a companhia não teria liberado dados para investigações sobre crime organizado e tráfico de drogas. “Estamos desapontados pela Justiça ter tomado esta medida extrema. O WhatsApp não pode fornecer informações que não tem. Nós cooperamos com toda nossa capacidade neste caso, e enquanto respeitamos o trabalho importante da aplicação da lei, nós discordamos fortemente desta decisão”, comunicou o WhatsApp, em nota divulgada à imprensa.

A ordem de prisão preventiva, quando não há prazo para a soltura, foi feita pelo juiz de Sergipe, Marcel Maia Montalvão, da comarca criminal de Lagarto. Diego Dzodan estava indo para o trabalho, no bairro do Itaim Bibi quando foi detido e não ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos (SP), conforme informado anteriormente pela Polícia Federal.

Segundo a PF, a decisão judicial tem relação com “reiterado descumprimento de ordens judiciais em investigações que tramitam em segredo de Justiça e que envolvem o crime organizado e o tráfico de drogas”. A empresa de tecnologia não cumpriu as determinações da Justiça para quebrar o sigilo de mensagens de WhatsApp de investigados envolvidos em tráfico de drogas. O aplicativo pertence ao Facebook.

Em dezembro de 2015, a juíza Sandra Regina Nostre Marques, da 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo, determinou o bloqueio do aplicativo WhatsApp por 48 horas. A polícia havia requerido a ‘interceptação de comunicação telemática’, de 3 investigados.

A magistrada determinou a interceptação determinando ao Facebook do Brasil que cumprisse a ordem, mas a empresa informou sobre a impossibilidade de atendimento à decisão. Menos de 24 horas depois, o Tribunal de Justiça de São Paulo revogou a decisão da juíza.

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