POLÍTICA

“Onda de ódio não pode continuar”, diz ministro da Justiça

Para o ministro Eugênio Aragão, “não é admissível que se comece a agredir um ministro e suas famílias em razão de opiniões leigas diferentes”, disse a respeito das ameaças a Ricardo Lewandowski

Novo ministro da Justiça Eugênio Aragão

O ministro da Justiça, Eugênio Aragão, disse hoje (31) que é preciso fazer um alerta ao país de que a “onda de ódio não pode continuar”. Aragão se reuniu no início da noite com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

Eles conversaram sobre as investigações da Polícia Federal e ameaças sofridas por ministros da Corte, após decisões envolvendo o processo de impeachment e a investigação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato.

De acordo com Aragão, juízes não podem sofrer a ameaças por causa de suas decisões. “A Constituição garante aos nossos juízes a independência. Nós temos que garantir que eles julguem a partir de sua consciência e do texto constitucional, disse.

Para ele, “não é admissível que se comece a agredir um ministro e suas famílias em razão de opiniões leigas diferentes e, muitas vezes, inspiradas por noticiário deturpado”.

O ministro da Justiça entende que “esse é o momento certo para a gente alertar o país de que essa onda de ódio não pode continuar. Nós precisamos garantir o funcionamento das nossas instituições.”

Sobre as ameaças ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato, o ministro da Justiça disse que se receber alguma representação, o ministério agirá.

Ontem (30), a Polícia Federal (PF) identificou suspeitos de ameaçar e injuriar o ministro do STF Teori Zavascki. Alguns deles foram localizados no Rio Grande do Sul e outros fora do estado. A PF não divulgou o número de suspeitos identificados e nem quantas pessoas são monitoradas.

O inquérito foi aberto há uma semana a pedido do ministro Zavascki. Ele recebeu, no dia 22 de março, mensagens ofensivas por meio das redes sociais e do endereço de email, depois de ter determinado ao juiz federal Sergio Moro que enviasse ao STF as investigações da Lava Jato que envolviam o nome do ex-presidente Lula.

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