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Novo ministro da Justiça assume hoje, mas só deve fazer mudanças no segundo semestre

Três nomes surgem com mais força para substituir o atual superintendente da PF, Leandro Daiello

O novo ministro da Justiça, Wellington César de Lima e Silva
O novo ministro da Justiça, Wellington César de Lima e Silva, que tomará posse hoje, deve substituir o comando da Polícia Federal apenas no segundo semestre, possivelmente após os jogos Olímpicos do Rio, em agosto. Três nomes surgem com mais força para substituir o atual superintendente da PF, Leandro Daiello: o atual secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa; o secretário extraordinário de Segurança para Grandes eventos, Andrei Rodrigues; e o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame.

Daiello reuniu-se com Wellington e o futuro ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, e teve deles a garantia de que nenhuma mudança acontecerá de imediato. No Planalto, a avaliação é de que Wellington precisa “ganhar musculatura” para transitar com desenvoltura na nova pasta e que, por isso, não promoveria grandes mudanças na estrutura por agora. Apesar do próprio Daiello ter confidenciado a amigos que gostaria de permanecer no posto até o fim da Operação Lava-Jato, a presença dele no cargo tem prazo de validade. A mudança poderá não ser tão traumática assim. Daiello, o mais longevo dos superintendentes da PF, pode se aposentar a partir de maio. Uma pequena prorrogação poderia acontecer e, no segundo semestre, ele deixaria o posto para o sucessor.

Ligado a Dilma

As especulações de que a troca acontecerá após os jogos olímpicos do Rio aumenta a suspeita de que Andrei poderá ser o escolhido. Delegado de carreira da Polícia Federal, ele foi segurança de Dilma na campanha de 2010. Em 2013, foi nomeado pela então chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para o cargo de secretário extraordinário de Segurança para Grandes Eventos, responsável por manter a ordem na Copa das Confederações, da Copa do Mundo de 2014 e dos jogos Rio 2016. É considerado um nome da presidente Dilma.

Maurício Barbosa é um nome mais ligado ao atual chefe da Casa Civil, Maurício Barbosa. Assim como Andrei, Maurício é delegado da Polícia Federal e está no cargo de secretário desde 2011, quando Wagner iniciou o segundo mandato. “Acho que o lançamento do nome de Barbosa é uma forma de queimá-lo na largada, pois é inevitável ligá-lo ao chefe da Casa Civil, assim como relatam a proximidade de Wagner com Wellington Cesar”, disse um delegado da PF, pedindo anonimato. Barbosa também é cotado para a Secretaria Nacional de Segurança Pública, mas o Correio apurou que está praticamente acertada entre Cardozo e Wellington a manutenção da atual titular do posto, Regina Miki.

Dos três, Beltrame seria o nome mais conhecido nacionalmente, após uma longa experiência na implementação das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs) no Rio. Como Wellington precisaria ter uma equipe experiente, Beltrame é visto como alguém com mais rodagem que os demais concorrentes. Mas a ligação dele com o PMDB fluminense o prejudica. “Tudo bem que a presidente disse que não governa para o PT. Mas entregar a PF para alguém ligado ao PMDB desnortearia os petistas”, brincou um parlamentar ligado à PF.

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