CRIMES

Ministério Público de SP pede a prisão preventiva do ex-presidente Lula

Além de Lula, o MP pediu a prisão de José Adelmário Pinheiro, Fábio Hori Yonanime, Roberto Moreira Ferreira, Jão Vaccari Neto, Ana Maria Érnica e Vagner Castro

Lula - prisão - investigado - presidente
O Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo que investiga os crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica do caso tríplex do Guarujá. É a primeira vez que o Ministério Público pede a prisão do ex-presidente. Além de Lula, o MP pediu a prisão de José Adelmário Pinheiro, Fábio Hori Yonanime, Roberto Moreira Ferreira, Jão Vaccari Neto, Ana Maria Érnica e Vagner Castro.

Segundo os promotores, a prisão vai garantir que a lei seja aplicada, “pois sabidamente possui poder de ex Presidente da República, o que torna sua possibilidade de evasão extremamente simples”. Ainda segundo eles, há “amplamente provadas manobras violentas” dos apoiadores e do ex-presidente, “com defesa pública e apoio até mesmo da presidente da República, medidas que somente tem por objetivo blindar o denunciado”

Na denúncia apresentada nesta quarta-feira (9/3), são acusados 16 investigados pela Promotoria paulista. Além de Lula, são denunciados a ex-primeira-dama Marisa Letícia, o filho mais velho do casal Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, e mais 13 investigados. Na lista estão o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o empresário Léo Pinheiro, da empreiteira OAS, amigo de Lula, e ex-dirigentes da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop).

A acusação tem base em longa investigação realizada pelos promotores Cássio Conserino e José Carlos Blat. O promotor afirma ter indícios de que houve tentativa de esconder a identidade do verdadeiro dono do tríplex, o que, segundo ele, caracteriza lavagem de dinheiro.

A investigação mostrou que a empreiteira OAS bancou uma reforma sofisticada do apartamento, ao custo de R$ 777 mil. Segundo o engenheiro Armando Dagre, sócio-administrador da Talento Construtora, contratada pela OAS, os trabalhos foram realizados entre abril e setembro de 2014.

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