Cunha avisa que impeachment terá andamento na Câmara
O processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve voltar a andar na quinta-feira da próxima semana na Casa
![O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito presidente da Câmara dos Deputados no dia 1º - Foto: Reprodução](http://www.oimparcial.com.br/_midias/jpg/2015/12/30/341x227/1_1_cunha_presidente-191099.jpg)
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse, na tarde de hoje, que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff deve voltar a andar na quinta-feira da próxima semana na Casa, no dia seguinte ao julgamento dos embargos de declaração do Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão da Corte está marcada para quarta-feira, 16.
“Nós daremos alguma sequência óbvia na quinta-feira, sem dúvida nenhuma. Não podemos ter paralisado o processo, até porque a oposição está em obstrução”, afirmou. Cunha disse que não há lógica em deixar a eleição da comissão processante para a semana santa.
Durante a sessão desta tarde, o peemedebista informou ao plenário que estenderá a sessão da quinta-feira, 17, pelo tempo necessário para a escolha da comissão especial. “O que tiver de fazer será feito na quinta-feira”, declarou.
Cunha prevê que nesta semana não haja votações importantes na Casa porque há um clima de obstrução em curso, seja pela oposição ou pela base governista. Ele acredita que o projeto que suspende a regra de cálculo das dívidas dos Estados e municípios tem condições de ser votado na próxima terça-feira, 15. “Hoje mais permanece o desejo de obstrução da oposição que o governo não está com vontade de enfrentar”, concluiu.
Conselho de Ética
Sobre a suspeita de que houve falsificação da assinatura do deputado Vinícius Gurgel (PR-AP) na carta de renúncia como titular do Conselho de Ética, o peemedebista voltou a repetir que não teve participação no episódio. Questionado se a Mesa Diretora não checou a autenticidade da firma, Cunha informou que os técnicos sempre conferem as assinaturas, mas que ele não interfere neste trabalho. “Eu não tenho interferência no que a Mesa faz, é bom deixar isso claro. Isso é uma coisa automática”, enfatizou.
Cunha disse que não é porque um jornal publicou que dois peritos detectaram a falsificação da assinatura de um parlamentar que a Casa vai instalar automaticamente um procedimento de investigação. “A Mesa tem seu trâmite para cuidar, ou alguém acha que o presidente da Casa que vai conferir assinatura?”, insistiu.
O peemedebista rechaçou a hipótese de atrelar seu nome ao episódio. “Não dá para eu aceitar querer me atribuir qualquer tipo de métodos ao qual não participei. Então não posso aceitar nem a insinuação dessa natureza, eu repudio de forma veemente qualquer insinuação e não vou permitir que ninguém o faça”, rebateu.