DEFINIÇÕES

Confusos rumos do PSB para as eleições 2016

Em menos de um ano, o partido já se viu com quatro nomes viáveis ao pleito para ocupar o Executivo municipal, e recentemente surgiu mais um nome, o vereador Roberto Rocha Jr

Bira e Roberto Rocha Jr
Especulações eleitorais são comuns em ano de eleições. Partidos anunciam pré-candidatos, alguns se autoproclamam os escolhidos para concorrer ao pleito, mas as definições só acontecem quando chegam as convenções.

Pelo cacife de alguns filiados, certos partidos tendem a definir o escolhido entre um ou outro nome. E a opção não chega a ser tão complicada. Ao menos para o PSB isso não deve ser regra. Em menos de um ano, o partido já se viu com, ao menos, quatro nomes viáveis ao pleito.

Encontro Estadual

Os primeiros pessebistas a surgirem como prefeituráveis foram Bira e Roberto Rocha. O nome dos dois foi colocado para a corrida eleitoral durante o Encontro Estadual do PSB em 2015. Mas há uma pequena diferença entre a forma como cada um foi ventilado.

Quando Bira fazia seu pronunciamento, a militância do Partido Socialista Brasileiro começou a gritar seu nome e pediu que ele fosse o indicado para pleito. “Se é desejo do PSB, se é a decisão do PSB, eu aceito ser candidato a prefeito de São Luís. Não desisto do Brasil, não desisto do Maranhão e não vou desistir de São Luís, nossa capital”, disse Bira durante o ato.

Roberto Rocha buscou o contraponto. Sem nenhum apoio, no mesmo ato, se colocou a disposição para ser o candidato e disse ter todos os pré-requisitos para ser o escolhido. O senador foi vaiado quando disse que não existia quadro mais qualificado que ele para ser o candidato. À época, nomes importantes do partido tentaram baixar a bola de Roberto Rocha, dizendo que o partido e a decisão coletiva é maior que anseios pessoais.

Pescar fora

Mais recente, durante a abertura da janela partidária, vários políticos mudaram de sigla, buscando alguma que desse melhores condições de concorrer nas eleições. Quem entrou na onda foi a deputada federal Eliziane Gama, que chegou a ser anunciada como a mais nova filiada ao PSB.

E ela viria pelas mãos de Roberto Rocha, que vivia defendendo o nome de Gama por uma suposta dívida. Eliziane seria candidata ao governo do estado em 2014 e isso racharia o grupo encabeçado por Flávio Dino (PCdoB). No entanto, Roberto teria convencido Gama a não concorrer no campo majoritário e garantido que ela seria a candidata do grupo. “Ele só não combinou com o grupo e nem recebeu aval para falar em nome de alguém”, disse uma pessoa próxima a Flávio Dino.

Roberto estaria em uma situação embaraçosa, tendo que encontrar formas de cumprir o acordo. Tentou levar Eliziane Gama para o PSB, mas a possível filiação da deputada sem consulta à base do partido provocou reações no presidente estadual, no pré-candidato Bira e em outros membros do PSB. O resultado foi que Eliziane saiu da Rede Sustentabilidade, mas não foi para o PSB; deve retornar ao PPS.

A definição do nome, a princípio, deveria acontecer no diretório municipal, com consulta aos filiados. Mas o presidente local é o senador Roberto Rocha e existe um temor de tendenciosidade.

A Executiva Estadual já disse que vai participar da nomeação do candidato, mas há ainda a possibilidade de interferência da direção nacional. Foi do alto posto do PSB que veio a definição de candidatura própria nas eleições de 2016. Resta saber se vai ser assim e quem vai definir o candidato.

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