Apesar de pedidos de Dilma, filiados do PT mantêm agenda de manifestações
Apesar dos pedidos do Palácio do Planalto filiados resistem e devem agendar protestos para lugares diferentes das passeatas pró-impeachment
Na sexta-feira, no mesmo instante em que Lula depunha à Operação Lava-Jato, no Aeroporto de Congonhas, a Frente Brasil Popular —formada pela CUT, MST, UNE, Ubes, PCdoB e outros movimentos de moradia popular — definiu que o calendário dos movimentos para 8, 18 e 31 de março.
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As direções estaduais da CUT de Porto Alegre, Vitória e Recife já avisaram que vão organizar passeatas para o domingo. O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, ligou para os dirigentes estaduais e foi claro. “Se quiserem ir às ruas, podem ir. Mas façam manifestações em locais diferentes deles”, cravou.
O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, informou que a estratégia da Secretaria de Segurança Pública do DF será a de garantir a segurança da população e do patrimônio público.
Ontem, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, manifestantes ligados aos movimentos sociais foram à Avenida Paulista. “Se o PT e a CUT forem às ruas, vai haver confronto”, disse Lavínia Claro, 31 anos, do Movimento Terra Livre. Ela própria não é muito simpática à presidente, mas é contra o impeachment. “Não dá para defender esse governo que aí está. Mas também não dá para apoiar o golpe”, completou Lavínia. O evento teve confronto entre simpatizantes e críticos ao governo Dilma.