Advogados de Marcelo Odebrecht classificam decisão como “injusta”
Na sentença, juiz afirma que o presidente da construtora merece “reprovação especial” por ter pago mais de R$ 100 milhões em suborno a ex-diretores da Petrobras
Também foram sentenciados à cadeia outros quatro executivos da Odebrecht: Rogério Araújo, Márcio Faria, Alexandrino Alencar e César Ramos Rocha. Os ex-funcionários da Petrobras Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, e o doleiro Alberto Youssef também foram punidos, mas terão penas menores porque fecharam acordos de delação premiada, em que confessam crimes, pagam multas e entregam informações sobre outros crimes.
Ontem, quando circularam rumores de que Marcelo Odebrecht estudava um acordo de delação premiada, a empresa disse que acompanhava “atentamente” a ação criminal e esperava que seus executivos pudessem recorrer em liberdade à condenação. As defesas dos executivos criticaram a decisão de Moro, chamando-a até de “iníqua” e “erro jurídico”, e disseram que o juiz antecipou sua posição. Eles recorrerão, assim como o advogado de Duque, Roberto Brzezinski.
Moro determinou que o ex-dirigente da estatal, além dos executivos Marcelo Odebrecht, Márcio Faria e Rogério Araújo permaneçam presos enquanto apelam aos tribunais. Duque e os cinco executivos da empreiteira foram condenados à proibição de ocuparem cargos no Estado e em grandes empresas privadas ou que movimentem valores financeiros pelo dobro do tempo da condenação.