OPINIÃO

O que pensa a bancada sobre redução de salários

O nosso questionamento básico foi se eles aceitariam uma proposta de redução de salários e de cortes de certas vantagens que o cargo que ocupam permite

O momento político e econômico do Brasil requer muita cautela e alguns esforços para retomar o desenvolvimento ou, ao menos, criar estabilidade. Qualquer caminho que seja escolhido, indiscutivelmente, passa pelas mãos dos governantes e congressistas.

Dentro dessa lógica, O IMPARCIAL procurou saber até onde os nossos representantes fariam esforços para ajudar o país. O nosso questionamento básico foi se eles aceitariam uma proposta de redução de salários e de cortes de certas vantagens que o cargo que ocupam permite. Os deputados maranhenses colocaram o bem nacional acima de tudo, mas apontando que é preciso analisar todas as possibilidades de se recuperar o caminho do progresso.

Pode cortar que eu aceito

Entre os deputados que concordam com a redução de benefícios estão Waldir Maranhão (PP) e Eliziane Gama (Rede). Waldir, que é vice-presidente do Congresso Nacional, acredita que o corte salarial pode ser um caminho seguro para melhorar o quadro nacional.

“Sou favorável à redução salarial de parlamentares para a superação da crise. Mesmo sendo um possível candidato a uma vaga para o Senado nas próximas eleições, eu acredito que o salário de senadores também deve ser reduzido”, disse Maranhão.

A deputada Eliziane Gama tem a mesma opinião no corte. Ela aponta que a culpa por tudo que vem acontecendo é da presidente Dilma Rousseff e sua equipe atual e anteriores, mas lembra que essas questões não podem ser maiores na hora de decidir o melhor pelo Brasil.

“Infelizmente, tudo que nós estamos acompanhando é fruto de ações eleitoreiras e da falta de compromisso do governo federal com o povo. Agora, nós não podemos apenas ficar lastimando e fazendo críticas. As decisões e as medidas que forem necessárias para tomar deverão ser tomadas. Se tiver que reduzir os salários dos deputados, nós vamos reduzir. Tudo que for feito para a reconstrução do Brasil, tudo que for necessário fazer, nós realmente precisamos fazer”, afirmou Gama.

Se for necessário… Mas só se for

Para o deputado Hildo Rocha (PMDB), o corte de benefícios será aceito se realmente for inevitável. Neste caso, ele não irá se opor. Mas propõe que se pense em outras possibilidades antes. “Redução de salário sempre é muito traumático. Sinceramente, ninguém gosta, mas se a diminuição dele resolver o problema da crise econômica pela qual o país passa, aceitarei a redução desde que respeitando o princípio da isonomia”, ponderou o pemedebista.

Quase da mesma forma, pensa o deputado João Castelo (PSDB). Ele prefere não emitir opinião concreta, pois acha que o assunto precisa ser discutido e amadurecido no Congresso. “Não tem como avaliar algo assim, nesse momento. Precisaria saber como se daria essa redução, quanto seria ganho pelo país e, acima de tudo, estudar com calma uma proposta dessas. E se isso for levantado no Congresso, tenho certeza que vamos fazer nosso papel, que é discutir a possibilidade disso acontecer”.

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