Zelotes e Lava-Jato

Filho e compadre de Lula devem ser investigados pelo Ministério Público

Ministério Público defende inquérito para apurar se esquema teve início no governo do ex-presidente

As investigações das Operações Zelotes e Lava-Jato apostam em pessoas do círculo íntimo de Luiz Inácio Lula da Silva para aprofundar as investigações contra ele. Ontem, a Procuradoria Regional da República no Distrito Federal defendeu a necessidade de um segundo inquérito para analisar se o esquema de compras de medidas provisórias beneficiou empresas automotivas durante o governo Lula — o filho do petista, Luís Cláudio Lula da Silva é investigado no caso. Em outra ponta das investigações, o compadre do ex-presidente, o advogado e empresário Roberto Teixeira, admitiu que o sítio em Atibaia (SP) investigado pela Lava-Jato foi adquirido por meio de um cheque no valor de R$ 100 mil.
O novo inquérito defendido pela procuradoria investiga a participação de outros nomes no esquema de compra de MPs, como o do secretario-executivo do Ministério da Fazenda, Dyogo Oliveira, a ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra e o ex-ministro da Previdência Nelson Machado. O objetivo é saber se a menção ao nome deles foi feita apenas como modo de propagar influência pelos réus que já eram investigados ou se estão de fato envolvidos. Nesta semana, o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado defendeu a abertura do segundo inquérito com a justificativa de “evitar conclusões precipitadas”. O ofício foi enviado pelo Ministério Público à Justiça Federal em razão do questionamento da defesa de Cristina Mautoni e Mauro Marcondes, ambos presos e investigados em uma ação penal resultado de um primeiro inquérito na Zelotes. A defesa do casal chama a nova investigação de “inquérito paralelo”.

O objetivo do segundo inquérito seria o de apronfundar as apurações. “Já proximidade, continuidade até, mas não repetição”. Nesta semana, Cajado também enviou ofício à Justiça Federal defendendo o segundo inquérito. Lula era presidente quando as medidas provisórias alvo das investigações foram editadas. A empresa do filho mais velho do petista, Luís Cláudio Lula da Silva, recebeu R$ 2,5 milhões de Marcondes. A suspeita da Polícia Federal é de que o pagamento está relacionado à MP nº 627/2013. A defesa de Luís Cláudio alega que o montante recebido foi devido a consultorias prestadas pela empresa do cliente na área esportiva.

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