Dilma diz que Brasil continua atraente e confiável para investidores
A Moody’s reduziu a nota de crédito da sétima economia mundial, atingida por uma profunda crise econômica e política, de Baa3 a Ba2
No ano passado, a renda líquida de investimentos diretos no Brasil foi de 75,1 bilhões de dólares, enquanto que o superávit da balança comercial chegou aos 19,68 bilhões de dólares.
“O melhor resultado desde 2011”, insistiu a presidente.
“Todas as medidas que estamos tomando produzirão resultados ainda mais robustos em 2016, mantendo o Brasil como destino de investimentos internacionais e construindo condições para a recuperação de boas notas das agências classificadoras de risco”, acrescentou.
A economia brasileira, no entanto, se contraiu 3,8% no ano passado.
Na quarta-feira, a agência de classificação financeira Moody’s rebaixou a dívida soberana do Brasil em dois degraus, à categoria especulativa.
A Moody’s reduziu a nota de crédito da sétima economia mundial, atingida por uma profunda crise econômica e política, de Baa3 a Ba2, com perspectiva negativa, o que significa que podem ocorrer novos rebaixamentos.
O rebaixamento era esperado pelo mercado. A Standard & Poor’s e a Fitch já haviam retirado do Brasil o apreciado grau de investimento no passado, deixando o país em estado de grande vulnerabilidade porque os grandes fundos de capital não podem investir em países cuja dívida soberana é considerada especulativa porduas ou mais agências.
O governo brasileiro espera uma contração da economia de 2,9% em 2016, enquanto projeções privadas preveem uma queda de 3,5%. Se estes prognósticos forem confirmados, o Brasil viveria seu primeiro biênio recessivo desde 1930-31.
A agência também citou o cenário político no país, que, assim como ocorreu em todo o ano de 2015, dificulta a aplicação de reformas e o ordenamento fiscal em uma economia que, de acordo com analistas de mercado, retrocedeu 3,8% em 2015.
O Brasil é hoje o principal destino dos capitais de empresas chilenas no exterior, com um montante acumulado de 26,187 bilhões de dólares, equivalente a 26,2% do total nacional, de acordo com dados oficiais chilenos.
Durante sua visita a Santiago, Rousseff se reunirá com Bachelet no palácio presidencial de La Moneda e manterá um encontro com empresários.