ELEIÇÕES 2016

PMDB não descarta aliança com Edivaldo Holanda Júnior

João Alberto admite possível aproximação com o PDT, de Edivaldo Holanda Júnior, caso o candidato do partido não se viabilize e tenha bons resultados nas pesquisas

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'O PMDB não fechará a porta para ninguém' João Alberto, presidente do PMDB

O PMDB maranhense joga em duas frentes sobre as eleições de outubro na capital. Lançar candidato próprio, que, em tese, seria indicado por consenso, ou apoiar uma chapa com potencial para ganhar a Prefeitura de São Luís. O senador João Alberto, presidente regional da sigla, disse ontem, a O Imparcial, que o vereador Fábio Câmara tem um bom discurso, é talentoso, mas precisa se viabilizar politicamente. A outra alternativa é abrir as portas às alianças, que podem incluir o PDT do prefeito Edivaldo Júnior.

“O Fábio Câmara terá que aparecer bem nas próximas pesquisas com o mínimo dois dígitos”, disse João Alberto, falando do novo presidente do diretório municipal, vereador de primeiro mandato na Câmara de São Luís. Ele foi eleito na última quinta-feira, em substituição ao deputado Roberto Costa, que transferiu o domicílio eleitoral para Bacabal, onde pretende disputar a eleição de prefeito.
Para João Alberto, que há décadas comanda o PMDB maranhense, há um fato inusitado no interior. Muita gente está procurando o partido como candidato em outubro ou para se filiar. Garante que, diante do prazo de filiação haver sido estendido, pela reforma política, até março (seis meses antes das eleições), a mobilidade entre partidos ainda é muito forte.
A proposta do partido é lançar candidatos a prefeito no maior número possível de municípios, principalmente nos maiores. Perguntado sobre as especulações de possível aliança do PMDB com o PDT do prefeito Edivaldo Júnior, em São Luís, João Alberto disse que será “uma conversa para mais à frente”. E acrescentou que o PMDB “não fechará a porta para ninguém”.
Eliziane está descartada
Deputada federal Eliziane Gama

Quanto à alternativa da deputada Eliziane Gama, o presidente do PMDB não demonstrou entusiasmo. Disse que no ano passado ocorreu uma reunião-almoço na casa do deputado federal Sarney Filho (PV), com Eliziane, ele, os deputados federais José Reinaldo (PSB) e Waldir Maranhão (PP), quando acertaram apoiar a candidatura da deputada. Eliziane estava a caminho do PROS, mas ainda no PPS.

“Depois ela entra na Rede e não avisa ninguém. Como se fosse uma pessoa de veneta. Ela conversou com todo mundo e depois, sem que, nem pra quê, joga tudo fora”, alfinetou João Alberto.
Sobre o PMDB nacional, o senador disse que a proposta do presidente Michel Temer é lançar candidato próprio em 2018, deixando de ser coadjuvante. Como é o maior partido do Brasil, o PMDB, contudo, vem sofrendo da falta de um nome forte nacionalmente, desde o escândalo dos “Anões do Orçamento”, na década de 90.
Para o senador, Michel Temer é hoje é um nome forte, com capacidade para a empreitada de 2018. Mas até lá a história será muito diferente de hoje. Sobre Eduardo Cunha, presidente da Câmara, João Alberto não teceu comentários, se limitando a dizer que, hoje, é contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. A proposta é defendida com unhas e dentes por Cunha.
Como presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, João Alberto prefere não comentar a posição que poderá vir a ser tomada por ele. Mas adiantou que no dia 1º de fevereiro (terça-feira), começa a correr o prazo de 10 dias para o senador Delcídio do Amaral, preso na Polícia Federal do Paraná, apresentar a defesa. O texto vai para o relator, que não tem prazo para levar seu parecer ao plenário do conselho.
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