PF encontra cartão de diretor do Instituto Lula em bolsa de suposta lobista
Cristina teve os pertences revistados em outubro passado porque é acusada de operar esquema de compra de medidas provisórias nos governos Lula e Dilma
Ela também aparece em mensagens relacionadas à compra de caças pela Força Aérea Brasileira (FAB), outro lobby investigado pela Operação Zelotes. Já denunciada, Cristina espera o julgamento presa em Brasília. A lobista é mulher de Mauro Marcondes, que também está preso.
A consultoria do casal, a Marcondes & Mautoni foi contratada por montadoras de veículos com interesse na edição das MPs. A firma pagou R$ 2,5 milhões à LFT Marketing Esportivo, do empresário Luís Claudio Lula da Silva, em contratos que estão sendo investigados.
No último dia 6, ao prestar depoimento à Polícia Federal sobre o esquema de compra de MPs, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi perguntado pelo delegado Marlon Cajado sobre a função de Celso Marcondes no Instituto Lula. “Informou que é diretor e que o mesmo nunca comentou qualquer encontro ou assunto tratado com Cristina Mautoni.”
A página do Instituto Lula na internet informa que o diretor, que não tem grau de parentesco com Cristina, é diretor responsável pela Iniciativa África. Também integra o conselho consultivo do Instituto Brasil-África, de Fortaleza. No governo Lula ele foi assessor de comunicação da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e assessor do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O diretor informou por meio da assessoria do Instituto Lula que não teve reuniões com Cristina Mautoni. Ele explicou ainda que várias pessoas recebem seu cartão de visita em eventos públicos.