Magistrados reafirmam apoio irrestrito às ações da Lava-Jato
Os presidentes do Supremo e da Associação dos Juízes Federais afirmam que a magistratura trabalha pela garantia dos direitos fundamentais
Lewandowski disse que a Justiça brasileira trabalha pela estabilidade das instituições republicanas
Enquanto o Partido dos Trabalhadores afirmou ontem que há uma “denúncia relevante” de que a Operação Lava-Jato contém um “embrião de Estado de exceção”, magistrados voltaram a defender a legalidade da investigação sobre corrupção envolvendo políticos, grandes empresários e operadores do mercado sujo de câmbio. Os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, e da Associação dos Juízes Federais, Antônio César Bochenek, afirmaram que a classe trabalha “pela garantia dos direitos fundamentais”. Para o dirigente da entidade, há uma “transformação” do Judiciário e um “novo formato de processo penal”. Na semana passada, uma carta, encampada nesta segunda-feira pelo PT e assinada por 105 advogados, parte deles defensores de réus no caso, afirmou que a operação usa método da época da “inquisição”.
Lewandowski afirmou que “a magistratura brasileira trabalha pela garantia dos direitos fundamentais, pela estabilidade das instituições republicanas e pela consolidação do Estado Democrático de Direito”. As declarações, divulgadas ontem, foram feitas em Curitiba na sexta-feira passada, mesmo dia em que 105 advogados acusavam o “menoscabo à presunção de inocência”.