Brasília – A presidente da Caixa Econômica Federal, Miriam Belchior, afirmou ontem que o banco está discutindo com o governo mudanças na faixa 1 do programa Minha Casa, Minha Vida. Uma das possibilidades de mudança é o aumento da prestação, mas ela preferiu não entrar em detalhes sobre outras alterações. “Na hora que a gente tiver fechado, a gente vai anunciar”, disse.
Entre os argumentos usados pela presidente está o fato de que, desde a criação do programa, em 2009, não há reajuste no valor da prestação. “O salário mínimo subiu, a renda subiu, o valor dos imóveis também. Então, esse aumento da prestação está em linha com o crescimento da renda das pessoas e dos imóveis. Ou seja, o subsídio continua o mesmo, não tem uma penalização”, justificou.
Sobre as contratações para a faixa 1 do programa, Miriam afirmou que o governo abrirá “logo, logo” a próxima fase. Em setembro, o governo elevou o limite da renda familiar para adesão ao programa de R$ 1.600,00 para R$1.800,00 na faixa 1. Quando anunciou a terceira etapa do programa, o governo já havia dito que a prestação na primeira faixa passaria de um valor mínimo de R$ 25 para R$ 80. No entanto, o que se discute agora é a possibilidade de que o reajuste seja um pouco menor. Segundo técnicos do governo, a prestação poderia ficar em torno de R$ 40.
Na faixa 1, cerca de 95% do valor do imóvel são financiados pelo governo e não há cobrança de juros. Os demais beneficiários do programa pagam as mensalidades seguindo as regras das taxas de juros de cada financiamento. Em setembro do ano passado, o governo anunciou o reajuste dos juros cobrados no programa, que passarão a variar de 5% a 8%, segundo as novas regras. Também foi anunciada a criação de uma faixa intermediária de renda, para famílias que ganham entre R$ 1,6 mil e R$ 2.350 mensais.