Documentos apontam que Lula sabia que tríplex seria destinado a ele
Os documentos contrastam com a defesa apresentada pelo ex-presidente
Responsável pela obra, a construtora OAS teria bancado reforma de R$ 770 mil no tríplex 164-A, sob a supervisão da família de Lula
A oposição e aliados de Luiz Inácio Lula da Silva subiram o tom diante de novas suspeitas levantadas sobre o nebuloso negócio envolvendo o ex-presidente e a construtora OAS em torno do tríplex 164-A do condomínio Solaris, no Guarujá (SP). Termos de adesão para a compra de apartamentos no empreendimento divulgados ontem mostram que os compradores sabiam já no ato de assinatura do documento qual unidade estavam adquirindo, o que contrasta com a defesa apresentada pelo ex-presidente. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse que Lula era “o retrato do PT, partido envolvido em corrupção”. O ex-presidente respondeu em seguida, sugerindo que o tucano “explicasse os desvios nas obras do metrô e na merenda escolar”. Lula e a mulher foram intimados a depor para explicar as denúncias em 17 de fevereiro.
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Diante da suspeita da Promotoria Criminal de São Paulo, de que Lula e Marisa teriam ocultado a propriedade do tríplex 164-A, a defesa do casal alegou que eles haviam obtido apenas uma “cota de participação referente a um apartamento”, o que não significa ser dono do imóvel. À Justiça, um zelador, um porteiro e um sócio da OAS afirmaram que Lula, a mulher e o filho Fábio Luís visitaram o apartamento com o ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, condenado a 16 anos de prisão por corrupção em contratos da Petrobras. A empresa teria pagado por uma reforma no imóvel, no valor de R$ 770 mil.