“É irreversível!”. É com essa frase que a vereadora Rose Sales marca sua postura na corrida eleitoral de 2016. Rose tem garantias do partido dela de que não há como voltar atrás. Desde quando acampou na oposição ao governo Edivaldo Holanda, Rose Sales tem travado diversas lutas para mostrar que está com a razão. Sofreu com isolamento dentro do partido pelo qual foi eleita, o PCdoB, mesmo partido do governador Flávio Dino.
Chegou a dizer que estava sendo tratada com indiferença pelas principais lideranças partidárias. Saiu e buscou filiação em outra legenda, o Partido Progressista (PP). Não deu certo, se desfiliou e ficou algum tempo sem partido, até ser recebida pelos deputados Sarney Filho (federal) e Adriano Sarney (estadual) no Partido Verde.
No PV, Rose diz ter encontrado a segurança necessária para desenvolver seu maior projeto: a candidatura à Prefeitura de São Luís. “As pessoas que acompanham Rose Sales reconhecem credibilidade e estão esperançadas. Meu interesse é fazer um processo de gestão arrojado, que dê respostas concretas ao que o povo de São Luís realmente deseja”, disse Rose.
Evidência
A vereadora tem buscado estar em evidência. Ela cumpre uma intensa agenda, com visitas aos bairros, participou de audiências na Câmara e até aparições em protestos fez. Até que ponto isso pode ser útil e ajudar no projeto de Rose, não se sabe. Ela diz que tudo que faz é pelo povo – inclusive a oposição ferrenha à atual gestão municipal. “Eu faço política dessa forma. Meu partido é o povo. Meu ponto de liga é saber se os anseios da população estão sendo correspondidos ou não”, enfatizou.
Quanto à nova vida política, em um novo partido, Rose diz que respeita os partidos por onde passou, mas não deixa de lembrar que recebeu tratamento diferente, salientando com mais destaque o PCdoB.
“Eu não iria deixar jamais manter o desrespeito por ser tolhida na minha representação ao povo de São Luís. Enquanto estive lá [PCdoB], pude fazer o mandato da forma que eu fiz. Mas, a partir do momento em que fui colocada contra a parede, por causa das alianças partidárias com a atual gestão, pedi minha liberação partidária. Minha ida para o PP foi para me manter no bloco de apoio ao governo Flávio Dino, mas não foi entendido e nem respeitado isso. O que eu quero é manter minha honra e minha dignidade.”
Já no Partido Verde, ela diz ter encontrado as condições necessárias para viabilizar os seus planos. “Aqui, eu encontrei liberdade, autonomia, autoridade para estar à frente do Partido Verde. Enquanto eu estiver sendo respeitada, estarei aqui”, concluiu.