Na sessão de ontem na Assembleia Legislativa, a oposição deu troco no governo, impedindo a votação da Ordem do Dia onde constava uma mensagem governamental. Foi uma resposta à aprovação do PPA ocorrida no dia 25 de novembro passado. Quando os trabalhos foram iniciados, havia pouco mais de 10 deputados em plenário. Após a leitura do resumo da ata da sessão anterior, apenas o deputado Rigo Teles (PV) subiu à tribuna no Pequeno Expediente.
Outros três deputados teriam se inscrito, mas não puderam falar, porque, segundo o presidente em exercício, deputado Othelino Neto (PCdoB), não havia chegado à Mesa Diretora nenhum pedido de inclusão de pronunciamento no Pequeno Expediente e ele havia determinado o início da Ordem do Dia. Adriano Sarney (PV) disse que havia feito a inscrição, mas Othelino reiterou que não havia recebido mais nenhum pedido.
Diante da negativa, Adriano Sarney se retirou da sessão. “Essa sessão tinha quórum para a votação. Agora, não tem mais, porque eu estou me retirando”. Depois destas palavras, o deputado verdista saiu pela porta dos fundos e recebeu o apoio do deputado Edilázio Júnior (PV), que também se retirou. Com dois deputados a menos (eram 22 quando surgiu o impasse), ficou inviabilizada votação da Ordem do Dia. Othelino Neto suspendeu a sessão por cinco minutos. Mesmo assim, não houve número suficiente de deputados para votação. A Ordem do Dia foi adiada.
Projeto governamental
Na Ordem do Dia, constava um projeto de lei (mensagem nº 140/2015) de autoria do governo, onde os deputados devem decidir se aprovam ou não a proposta a respeito de 20% das vagas em concursos públicos do Estado para negros.
Também havia o Projeto de Lei Complementar nº 007/2015, de autoria do Poder Judiciário, que trata do fim de um colegiado especial dentro do Tribunal de Justiça e traz todas as decisões para o Pleno. Há quem diga que o boicote à votação do dia foi um aviso para quando for colocado em votação o orçamento de 2016.