O resultado das eleições da OAB/MA, realizadas no dia 20 de novembro, revelou uma das disputas mais acirradas na entidade nos últimos tempos. De um lado, o grupo representado pela conselheira federal Valéria Lauande, do outro, a chapa do jovem advogado Thiago Diaz que, para surpresa de muitos, superou o favoritismo de sua adversária e sagrou-se o novo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão. Após o resultado da eleição, o processo de transição já foi iniciado a partir de uma reunião realizada na última terça, dia 24, com a atual diretoria da OAB/MA. A partir de 1º de janeiro, a entidade passa a ser presidida por Diaz.
“A expectativa é que ocorra tudo da melhor forma possível e no começo de janeiro a gente já possa estar implantando nossos projetos e dando cumprimento às propostas. Acho que não vai ter nenhum problema na transição. Passadas as eleições, é hora de descer do palanque. O objetivo comum de todos é trabalhar em prol da advocacia. Trabalhar em prol de uma OAB mais forte, mais atuante. E acredito que esse vai ser o caminho de todo mundo”, pontuou.
Na última semana, Diaz acompanhou com apreensão vinculações da sua vitória a interesses partidários. Em entrevista exclusiva a O Imparcial, ele nega polarização com grupos políticos, rechaça alinhamento com partidos e acena com a intenção de manter um relacionamento independente e harmônico com o Governo do Estado, a Assembleia Legislativa e o Tribunal de Justiça (TJMA).
Política
“Espero que o relacionamento (com grupos políticos) seja o melhor possível. Não tenho absolutamente nada contra ninguém ou qualquer partido. Vou efetivamente lutar pela independência da Ordem. Não tenho pretensão política. Não tenho vinculação partidária. Não tenho grupo político. Durante a campanha, as críticas que eu fiz foram pela defesa da independência da Ordem”.
Vitória
“Saíram muitas coisas nos blogs, na mídia, na última semana. Acho que, depois de uma eleição dessas, é claro que aparece gente comemorando todo e qualquer resultado. Tem muita gente comemorando a minha vitória, como teria muita gente comemorando a vitória do outro grupo. Isso não quer dizer que eu ou o outro grupo temos ligação com as pessoas que estão comemorando nossa vitória”.
Três poderes
“Não espero uma relação de submissão, mas de absoluta cordialidade com o Governo do Estado, com a Assembleia Legislativa e com o Tribunal de Justiça. Porque acho que todos os temas que são pautas da advocacia beneficiam em sua maioria a sociedade civil. A gente luta, por exemplo, por uma prestação jurisdicional mais séria, com mais qualidade. E tudo que for pauta da advocacia, que for importante para advocacia e para a prestação jurisdicional, eu espero conversar com o governador, com o presidente da Assembleia e com o presidente do Tribunal para que a gente possa trabalhar, caminhar na mesma direção”.
Militância
“Como advogado militante, sempre procurei participar das rodas jurídicas, até porque eu sempre digo que existem muitos advogados, mas não existem tantos militantes. A gente acaba conhecendo quase todo mundo e adquirindo uma relação próxima com os advogados que estão sempre no fórum”.
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