POSICIONAMENTO

Oposição não consegue impedir votações na Câmara, diz Cunha

A oposição ameaça obstruir as sessões para forçar Cunha a se afastar da presidência da Câmara

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Para Eduardo Cunha, a Câmara continuará funcionando mesmo com a oposição em obstrução

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse ontem que a oposição não tem número suficiente para impedir que a Casa realize sessões e vote os projetos incluídos na pauta. A oposição ameaça obstruir as sessões para forçar Cunha a se afastar da presidência da Câmara por causa das denúncias contra ele e das investigações de quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética.

“Eles já obstruem as votações. Juntos, eles [partidos da oposição] não têm número suficiente [de deputados] para que a Casa pare de trabalhar. Não tem nenhum problema [a obstrução]. A Casa vai funcionar. Quem estiver em obstrução, terá de marcar obstrução em plenário”, afirmou Eduardo Cunha.
O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) informou que nesta terça-feira, às 12 horas, líderes de partidos de oposição vão se reunir na liderança do PPS, afim de traçar estratégias para forçar o presidente da Câmara a deixar o cargo. De acordo com Ivan Valente, Cunha usa o cargo para dificultar o andamento do processo contra ele no Conselho de Ética.
Cunha acrescentou que já está “habituado” com as ações de alguns partidos da oposição contra ele e afirmou que cada um tem o direito de fazer seus protestos.
O presidente da Câmara disse ainda que não tem de avaliar apoio da oposição. Lembrou que os partidos de oposição tiveram candidatos à presidência da Casa e que não votaram nele. Segundo Cunha, não há diferença na campanha contra ele. “Estou vendo a mesma campanha, dos mesmos adversários. Nada mudou.”

Em relação ao parecer do deputado Fausto Pinato (PRB-SP), que pede o prosseguimento das investigações, Eduardo Cunha adiantou que o parecer deverá ser lido hoje durante a reunião do Conselho de Ética, marcada para o início da tarde.

Conforme Eduardo Cunha, na semana passada, quando o parecer seria lido, ocorreram alguns equívocos, entre eles a convocação da reunião no horário da sessão da Câmara. Segundo ele, seus advogados questionarão e recorrerão das medidas que ferirem seu direito de defesa.
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