NEGOCIAÇÃO
Dilma deve negociar aprovação da nova meta fiscal
Conforme dados divulgados ontem pelo Tesouro, de janeiro a setembro, o rombo das contas públicas foi de R$ 33 bilhões, sem contar com os resultados de estados e municípios e das estatais
A presidente Dilma Rousseff cancelou a ida ao Japão na semana que vem para trabalhar diretamente na aprovação do projeto de lei que altera meta fiscal deste ano e do Orçamento de 2016 no Congresso Nacional.
Dilma viaja neste fim de semana para a França, onde participará da abertura da Conferência do Clima de Paris (COP21) e retornará ao país na terça-feira . Ela não irá mais ao Japão e nem ao Vietnã, o que, com isso, faria com que ela ficasse a semana toda fora do país.
A meta fiscal do governo para 2015, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), é de um superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida pública) de R$ 66,3 bilhões para o todo o setor público, sendo R$ 55,3 bilhões somente para o Governo Central (que inclui Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central). Os R$ 10 bilhões restantes para estados, municípios e estatais.
Pelo Projeto de Lei Número (PLN) 5, a meta para o setor público será de déficit de R$ 119,9 bilhões, incluindo os R$ 57 bilhões que o governo terá de pagar neste ano das pedaladas fiscais (atrasos nos repasses aos bancos públicos) em 2014 e que foram objeto de questionamento do Tribunal de Contas da União (TCU). No entanto, a apreciação do PLN pelo Congresso Nacional foi adiada para a semana que vem em meio à nova crise política culminada na quarta-feira com a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), líder do governo no Senado Federal.
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