ELEIÇÕES

PMDB se reestrutura para disputa eleitoral do próximo ano

O partido que sempre esteve no poder no Maranhão precisa se recompor com novas lideranças. A falta disso vem trazendo uma mudança de postura e de reflexão dentro da sigla

Desde que as urnas decretaram a vitória de Flávio Dino em 2014, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) vem buscando formas de se refazer no Maranhão. Ao menos, no campo majoritário, onde esteve no poder por quatro oportunidades.
A história pemedebista no comando do Maranhão passa pelo governo de Epitácio Cafeteira (1987-1990), quando o partido ainda tinha certa autonomia em relação ao grupo do então presidente José Sarney. Em 1994, Edison Lobão, então no PFL (Partido da Frente Liberal), deixou o governo para concorrer a uma vaga ao Senado. Em seu lugar, assumiu Ribamar Fiquene (1994-1995), do PMDB, já sob o comando de Sarney. Entre 2009 e 2014, o partido estava no comando pelas mãos de Roseana Sarney (os dois primeiros mandatos dela foram pelo PFL). Apesar dos números não serem tão expressivos, o PMDB sempre esteve próximo do poder bem antes da redemocratização do país.
A derrota há pouco mais de um ano, significou uma mudança de postura e de reflexão dentro do partido. Pela segunda vez, depois de anos, eles se vêem na oposição, o que causa grande desconforto. O aparecimento no cenário político atual foi, até o momento, assumido pelos Murads. A deputada Andrea Murad usa constantemente a tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar o que seriam abusos e absurdos cometidos na nova gestão governamental do Maranhão. Os mais críticos dizem que ela não tem experiência suficiente para pensar e orquestrar a briga, onde também figuram os parlamentares Souza Neto (PTN), Edilázio Júnior e Adriano Sarney (PV).
Todas as denúncias partiriam de pai, o ex-secretário de saúde na gestão Roseana, Ricardo Murad. Essa postura combatente levou Andréa a se lançar como candidata a presidência do diretório estadual do PMDB. A questão é que ela parece não agregar as prerrogativas necessárias para comandar o partido, como tem o seu principal adversário na disputa interna da sigla, o senador João Alberto. Ele, inclusive, é o atual presidente, mas está licenciado há um bom tempo. Tudo para se dedicar ao mandato em Brasília.
Incógnita dos candidatos
Afora as discussões estaduais, ainda há tratativas municipais. Alguns membros do partido estão mais preocupados com o futuro político particular do que com o conjunto. Na capital, o rumo pemedebista para as eleições de 2016 é uma incógnita. Durante a semana que passou, um perfil no Facebook divulgou que a ex-governadora Roseana Sarney havia se lançado como candidata à prefeitura, mas a notícia foi caracterizada como mentirosa, pois o perfil onde ela havia sido postada é fake (falso).
Apesar disso, não está descartada a possibilidade daquela que foi o maior símbolo do grupo Sarney nos últimos anos vir a ser o nome concorrente ao Palácio de La Ravadière. Junto a ela, surgem nomes com menor aceitação, como o do vereador Fábio Câmara e de Ricardo Murad, por mais que ele nunca seja visto como uma boa opção. Sem descartar a possibilidade de apoiar algum nome que esteja bem posicionado nas pesquisas, desde que este nome não venha acompanhado por Flávio Dino.
Outro exemplo desta situação é o deputado estadual Roberto Costa, que durante muitos anos esteve na presidência do diretório municipal. Costa transferiu seu domicílio eleitoral para Bacabal, onde pretende concorrer às eleições de 2016, como candidato à prefeitura, tendo as bênçãos do padrinho João Alberto. Das incertezas eleitorais ao descanso demorado da ex-governadora, uma coisa é certa. Quando menos se esperar, o PMDB pode voltar dando grande dor de cabeça aos adversários.
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