O governo federal exonerou o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, que, em 2008, comandou a Operação Satiagraha. A exoneração, assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi publicada na edição de hoje (14) do Diário Oficial da União. O ministro justifica a demissão por “infrações disciplinares”.
No ano passado, Queiroz foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a cumprir pena de dois anos e seis meses, convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa, pelo crime de violação de sigilo funcional, ocorrido na época em que era delegado e comandava as investigações da Satiagraha.
A Justiça também determinou a perda do cargo na Polícia Federal. A condenação foi confirmada em agosto pelo STF.
Em 2008, durante as investigações da Satiagraha, ele comunicou a jornalistas detalhes da operação, que gerou as prisões do empresário Naji Nahas, do ex-prefeito de São Paulo, Celso Pitta, morto em 2009, e do banqueiro Daniel Dantas.
O caso chegou ao STF porque, em 2010, Queiroz foi eleito deputado federal por São Paulo. Ele não conseguiu se reeleger. A Satiagraha foi anulada em 2011 pelo Superior Tribunal de Justiça.
A Agência Brasil não conseguiu localizar Queiroz para comentar a demissão.