Manifestações contra a corrupção no Brasil e o governo PT que ocorreu em várias cidades do país, em São Luís teve início, às 16h de domingo. A concentração foi no final da Avenida Litorânea, em que milhares de pessoas realizaram uma caminhada, com o encerramento na Praça do Pescador.

A manifestação foi organizada por dois movimentos “Eu Te Amo, Meu Brasil” e “Vem Pra Rua”. Segundo a Polícia Militar, cerca de 2,5 mil pessoas participaram do protesto. A organização estipulou 7 mil manifestantes.

Durante a caminhada o grito de guerra dos manifestantes era “fora Dilma”. Vestidos de verde e amarelo, carregando a bandeira do Brasil eles seguiam pela avenida. Faixas e apitos também foram utilizados e até mesmo panelas fizeram parte da movimentação, um verdadeiro panelaço e apitaço tomaram conta da multidão.

Nos cartazes, eram vistos pedidos para a saída de Dilma Rousseff da presidência, com a inscrição, “PT você não sabe o que o povo é capaz” e palavras de ordem. A grande maioria das pessoas vestiu as cores verde e amarela. Cornetas e narizes de palhaço estiveram entre os itens usados pelos manifestantes.

No percurso quatro carros de som estiveram na caminhada, que trazia letras de música que falavam no combate da corrupção e discursos dos próprios organizadores do protesto.

“Estamos em defesa da operação Lava-Jato, ninguém está pedindo golpe aqui, todo mundo está pedindo uma forma judicial e legal dentro da nossa constituição de reaver os erros do governo federal. Estamos cansados de atos corruptos”, ressaltou um dos organizadores do movimento Vem pra Rua, Gullit Barros.

A manifestação seguiu de forma tranquila, sem nenhuma confusão. Muitos pais fizeram questão de levar seus filhos pequenos para esse momento. Foi o caso do engenheiro civil, Fernando Demetrio. “Temos que politizar desde pequena, ela pediu para vir e eu trouxe. Isso é importante para que ela não possa cometer erros no futuro, que ela possa escolher corretamente que vai nos representar”, ressaltou.

Em São Luís esta é a quarta caminhada realizada pelos movimentos. Eles se organizam por meio das redes sociais e grupos formados em aplicativos de celulares. Frente às mobilizações e ameaças, a presidente Dilma Rousseff tem construído uma nova agenda política pressionada pelas manifestações. Neste cenário, a oposição mantém uma postura contida, por temer a acusação de “golpe” e rejeição popular.