A CPI da Saúde, instalada no mês de julho, mal começou os trabalhos e já está esquentando os ânimos no plenário da Assembleia Legislativa do Maranhão. Em discurso na tribuna, a deputada Andrea Murad (PMDB) questionou a legalidade da Comissão e afirmou que entrará na Justiça para que a mesma seja desfeita. Para ela, o período de investigação (de 2009 a 2014) caracteriza clara perseguição política.
“Entrarei na Justiça com quantas ações forem necessárias contra. Uma CPI sem propósito, uma CPI sem objeto. Se a justiça for justiça, ela será derrubada. Qual é o objeto dessa CPI? Investigar a saúde de 2009 a 2014. Vamos entrar na Justiça para derrubar até fazerem uma direito. Outra, qual é a moralidade desta CPI, qual é a moralidade dos membros dessa CPI?”, coloca em xeque.
Sobre a atitude da parlamentar, o deputado e membro titular da Comissão, Rafael Leitoa (PDT), afirmou que ela tem todo o direito de entrar na Justiça, contudo, não há motivos para que a CPI seja desfeita: “Já está em curso. Começamos os trabalhos e tudo está ocorrendo normalmente. A CPI apenas cumpre o que está legalmente regido pela Constituição”, respondeu à reportagem.
O parlamentar afirmou ainda que não está prevista uma nova reunião dos membros, já que as secretarias e demais órgãos ainda não retornaram com os relatórios requisitados na semana passada. Os ofícios solicitam informações sobre denúncias relativas a supostas fraudes no Programa “Saúde é Vida”.
Os relatórios servirão de base para conduzir as investigações. Os deputados também discutiram o calendário para os trabalhos da Comissão. Entre as denúncias que serão investigadas pela CPI estão: desvio de verba, superfaturamento e obras inacabadas. Os dados mais aguardados são os da Secretaria de Saúde e da Auditoria.