LAVA-JATO

Meu indiciamento é ato político, diz ex-secretário João Abreu

Abreu nega qualquer irregularidade e se diz tranquilo em relação às denúncias

Rosena Sarney e João Abreu

ara o ex-secretário da Casa Civil João Abreu, o seu indiciamento pela Polícia Civil do Maranhão é um ato político. Ele é suspeito de receber propina para agilizar pagamento de precatório à empreiteira Constran. Em nota enviada à redação, Abreu diz que o indiciamento não tem “fundamento sólido” e “já era esperado”.

“O indiciamento não é acusação. Mas mera colheita dos dados de identificação de alguém que, na opinião da polícia, reúne indícios de ter sido o autor do ato sob investigação. Ele não gera processo, que só é instaurado com a denúncia oferecida pelo Ministério Público, se recebida pelo Judiciário”, explicou. “É injusto e motivado por decisão política”, completa.
Abreu nega qualquer irregularidade e se diz tranquilo em relação às denúncias. Para ele, tudo se resume à afirmação do doleiro Alberto Yusself, preso na operação Lava Jato, e não há provas.
João Abreu é acusado de receber R$ 3 milhões em propina, em troca do pagamento do precatório à Constran, que chegava à R$ 134 milhões. Ele nega. “Não há comprovação alguma da materialidade desse delito, e sua declaração é, inclusive, desmentida por pessoas de quem se teria servido como portador da entrega do numerário.”
Ainda em nota, o ex-secretário diz que o pagamento à Constran obedeceu o trâmite legal, com longo processo judicial e pareceres favoráveis tanto da Secretaria de Planejamento quanto da Procuradoria Geral do Estado.
“Caberá agora ao Ministério Público Estadual analisar se me acusa ou não, com os parcos elementos contidos no inquérito. De minha parte, cabe aguardar o desdobramento desse funesto episódio, para o qual conto com o apoio de minha família e de amigos leais que nunca me faltaram nos momentos difíceis da minha vida”, finaliza.
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