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CPI do Carf ouve mais quatro suspeitos na quinta-feira

O Carf, órgão do Ministério da Fazenda, é a última instância administrativa de recursos relativos a processos abertos pela Receita Federal

CPI do Carf ouve mais quatro suspeitos na quinta-feira

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga denúncias de fraude no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ouvirá na quinta-feira dia 27, às 9h, mais quatro suspeitos de participação no esquema. Três deles são ex-conselheiros do órgão, um dos quais é ex-presidente.

Edson Pereira Rodrigues presidiu o órgão e, depois de deixá-lo, passou a atuar como lobista. Ele é suspeito de influenciar julgamentos do conselho em benefício de empresas, em troca do pagamento de propina.
Os ex-conselheiros Jorge Victor Rodrigues e José Ricardo da Silva também são apontados como integrantes do esquema. O quarto depoente será Alexandre Paes dos Santos, sócio de Silva em uma empresa de fachada suspeita de atuar como intermediária para os pagamentos.
A CPI é presidida pelo senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) e tem como relatora a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
Esquema
O Carf, órgão do Ministério da Fazenda, é a última instância administrativa de recursos relativos a processos abertos pela Receita Federal. O conselho tem competência até mesmo para anular multas tributárias aplicadas a empresas.
Desde março, a Polícia Federal, por meio da Operação Zelotes, apura esquema criminoso em que conselheiros e ex-conselheiros do Carf passavam informações privilegiadas para escritórios de consultoria. Esses escritórios, muitos dos quais tinham os próprios conselheiros como acionistas, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e, mediante pagamento de propina, prometiam manipular o andamento de processos e controlar o resultado dos julgamentos de recursos.
Com isso, as empresas deixavam de pagar impostos e multas tributárias. A investigação já comprovou prejuízos de R$ 6 bilhões aos cofres públicos, mas auditores envolvidos na operação acreditam que a fraude pode ultrapassar R$ 19 bilhões.
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