O vice-presidente da República, Michel Temer, disse nesta segunda-feira (8/6) que o ministro da Fazenda Joaquim Levy deve ser tratado “muito menos como um Judas e muito mais como um Cristo”. À frente da defesa do ajuste fiscal conduzido pelo governo, Levy tem sido alvo de críticas, especialmente de setores de dentro do PT, pela condução da política econômica. O pacote de ajuste fiscal atingiu diversos setores, inclusive, benefícios trabalhistas.
“Ele (Levy) tem que ser tratado como um Cristo, que sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária na medida em que deixou um exemplo magnífico, extraordinário, para todo mundo”, afirmou. “Penso que o ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso. Num primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados. Acho que (ele tem que ser visto) muito menos Judas e muito mais Cristo”, completou Temer.
Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, a presidente Dilma Rousseff disse que Levy não deve ser tratado como um “Judas”, em resposta às críticas do próprio partido direcionados ao ministro. A corrente do PT Mensagem ao Partido pretende lançar um documento com críticas ao ministro no Congresso Nacional da sigla, que ocorrerá de 11 a 14 de junho em Salvador.
Para concluir o ajuste, ainda falta aprovar na Câmara dos Deputados o projeto que reduz a desoneração da folha de pagamentos, o que deve ocorrer nesta semana. A leitura do relatório ocorrerá quarta-feira, quando Temer se reunirá com líderes da base na Câmara. Nesta segunda, o vice-presidente se reunirá à noite com Levy, com o ministro da Casa Civil, com Aloizio Mercadante, e líderes da base do governo no Senado para discutir a agenda da semana, que inclui a análise da Medida Provisória que muda o cálculo do imposto e a proposta de reajuste para servidores do Judiciário.
“Ele (Levy) tem que ser tratado como um Cristo, que sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória extraordinária na medida em que deixou um exemplo magnífico, extraordinário, para todo mundo”, afirmou. Aí penso que o ajuste fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso. Num primeiro momento, parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os melhores resultados. Acho que muito menos Judas e muito mais Cristo.