Brasília – A presidente Dilma Rousseff se reuniu ontem no início da noite com os ministros da Fazenda, Joaquim Levy; do Planejamento, Nelson Barbosa; da Casa Civil, Aloizio Mercadante; dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues; da Secretaria de Portos, Edinho Araújo; da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva e da Secretaria de Aviação Civil, Eliseu Padilha. A presidente da Caixa, Miriam Belchior, também participou do encontro.

A reunião, no Palácio da Alvorada, foi convocada para concluir o plano de concessões que deve ser apresentado amanhã. Apesar da expectativa criada sobre o anúncio, a retomada do crescimento não virá por meio dessas medidas. Dos R$ 18,1 bilhões que o governo espera arrecadar neste ano com concessões, apenas uma pequena parte virá de leilão de um ou dois trechos de rodovias em 2015. O pacote, pela previsão das autoridades, trará investimentos a partir do próximo ano. Em sua totalidade, a expectativa é de que o plano movimente de R$ 110 bilhões a R$ 130 bilhões.

Até ontem só havia a certeza de que quatro aeroportos serão privatizados: Fortaleza, Florianópolis, Salvador e Porto Alegre. E a expectativa era de que a obrigatoriedade da participação da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em 49% nas concessionárias caia, provavelmente, para 15%, o que pode elevar o interesse de competidores internacionais. O que também pode sair do papel a partir do novo pacote é a expansão de metrôs, entre os quais está o de Belo Horizonte.

Apesar do esforço do governo para formatar um plano atrativo para o investidor privado, a expectativa de especialistas é que Dilma não anunciará nada mais que uma mistura dos velhos programas travados para portos, rodovias, ferrovias e aeroportos. Até o fechamento desta edição não tinha sido feito pronunciamento sobre o plano.