Polícia encontra corpos dos suspeitos de assassinarem médicos no RJ
As investigações apontam que os suspeitos teriam sido mortos após julgamento no “tribunal do crime”, operado por líderes de facção.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro encontrou quatro corpos dentro de dois carros na Gardênia Azul, Zona Oeste do Rio de Janeiro, na noite desta quinta-feira (5). A Delegacia de Homicídios acredita que eles são os traficantes responsáveis por executar três médicos ortopedistas na orla da Barra da Tijuca.
Dois dos quatro corpos encontrados foram identificados como Philip Motta Pereira, conhecido como Lesk, e Ryan Nunes de Almeida.
De acordo com o Correio Braziliense, as mortes teriam ocorrido no interior do Complexo da Penha e os corpos foram levados para o centro do Rio. Os suspeitos teriam sido julgados pelo “tribunal do crime” por meio de uma “conference call”. Ou seja, de dentro da cadeia, os líderes do Comando Vermelho teriam autorizado as execuções dos autores das mortes dos médicos, de acordo com informações obtidas pela reportagem. As identidades de dois deles ainda não foram reveladas.
A principal linha de investigação do assassinato dos médicos é que eles tenham sido mortos por engano. O ortopedista Perseu Ribeiro teria sido confundido com Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do miliciano Dalmir Pereira Barbosa, que teria residência a menos de 1 quilômetro do local da chacina.
Além de Persel, o médico Marcos de Andrade Corsato, de 62 anos, também morreu na hora. Uma terceira vítima, Diego Ralf Bonfim, de 35, foi socorrido ainda com vida e enviado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Ele é irmão da deputada federal Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e cunhado do também deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).
Um quarto médico foi atingido, mas sobreviveu e tem quadro estável. Daniel Sonnewend Proença está internado no Hospital Lourenço Jorge, localizado na Barra da Tijuca.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que um veículo para na via que passa em frente ao quiosque. Homens armados descem e atiram várias vezes contra as vítimas, que não tiveram chance de defesa. Toda a ação de execução durou menos de um minuto. De acordo com testemunhas, após o ataque, os criminosos ainda voltaram para conferir se os profissionais realmente estavam mortos.
* Com informações do Correio Braziliense
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