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Bombeiros vão fazer agenda de fiscalização nos Shoppings de São Luís

O Corpo de Bombeiros informou que que as vistorias nos estabelecimentos comerciais, inclusive nos shoppings, são agendadas individualmente.

O resultado das buscas será colocado no laudo pericial. (Foto: Reprodução)

A tragédia ocorrida no último dia 7, nas dependências do Rio Anil Shopping, precisa ser investigada a fundo, para que outras desse tipo não ocorram.

Ministério Público Estadual, Defensoria Pública Estadual, Procon, Corpo de Bombeiros, Polícia Civil, Câmara Municipal, dentre outros órgãos, estão trabalhando na apuração dos fatos e/ou exigindo que seja apurado o motivo que provocou o incêndio e deixou 2 pessoas mortas e 13 feridos nas salas do cinema Cinesystem.

Os feridos deram entrada em hospitais da capital maranhense com ferimentos, queimaduras e intoxicação por fumaça. Algumas das vítimas tiveram queimaduras de 2º e 3º grau. Evellyn Gusmão Gomes Silva, de 16 anos, e Yasmin Gomes Campos, de 21, foram as vítimas do incêndio.

O Imparcial entrou em contato com o Procon e o Corpo de Bombeiros, para saber foram feitas ou se serão realizadas algum tipo de ação de fiscalização nos shoppings da capital.

O Corpo de Bombeiros informou que que as vistorias nos estabelecimentos comerciais, inclusive nos shoppings, são agendadas individualmente, em função da data de validade de cada Certificado de Aprovação.

“Com objetivo de reforçar a fiscalização preventiva, o Corpo de Bombeiros promoverá uma agenda extra de vistorias nos shoppings da capital”, disse a corporação, sem informar a data.

Até o momento do fechamento da reportagem não tivemos resposta do Procon. Em uma nota anterior, divulgada após o ocorrido, o órgão já havia comunicado que a administradora do Rio Anil Shopping seria notificada pela tragédia, com base no art. 14 do Código de Defesa do Consumidor (CDC), que diz que “O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos”, conforme a lei.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o teto do Shopping estava passando por manutenção no momento do incêndio.

“O que o Corpo de Bombeiros já constatou inclusive até com pessoas do próprio shopping, aqui da direção, é que estava havendo uma manutenção na área de cobertura, sobre as salas de cinema”, informou o comandante Célio Roberto. A perícia criminal está apurando as causas.

Inquérito sobre incêndio será concluído em 30 dias

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBM-MA) está seguindo com os trabalhos para identificar as causas do incêndio ocorrido no Rio Anil Shopping.

O local, segundo a corporação, foi interditado por tempo indeterminado e passará por vistoria técnica.

A ação inicial teve como foco o combate ao incêndio e as buscas por vítimas, resgate e devidos atendimentos aos feridos. Duas pessoas morreram. Alguns feridos foram levados para as unidades da rede estadual de saúde, onde estão sendo atendidos. Varreduras estão sendo realizadas no local para retirar materiais de escombros.

Ao todo, 45 bombeiros fizeram os trabalhos de resgate e de primeiros cuidados aos feridos no incêndio. A operação dos bombeiros, feita de forma diligente, começou por volta das 16h, instantes depois de ter ocorrido o incidente.

“Os trabalhos começaram com buscas bastante minuciosas. Agora, vamos dar início a uma nova fase de trabalho, com dois peritos de incêndio. Nós precisamos encontrar qual foi a causa desse incêndio e também teremos um trabalho de vistoria pela Defesa Civil Estadual”, informou o comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, coronel Célio Roberto de Araújo.

Ainda segundo o coronel, o trabalho de vistoria tem o intuito de saber até que ponto a estrutura física do shopping foi comprometida. “Nós interditamos o shopping por tempo indeterminado. Precisamos avaliar essa parte estrutural e ele só será liberado após a garantia de que o shopping atende todas as condições de segurança”, afirmou Célio Roberto.

Inquérito

Na noite da terça, equipes do Instituto de Criminalística (ICRIM) da Polícia Civil estiveram no local realizando os primeiros levantamentos. Todo o material coletado pelos técnicos dará suporte para a abertura de inquérito policial, com intuito de apurar possíveis responsáveis pelo incêndio.

“O prazo oficial é de 30 dias. Mas o resultado desse inquérito deve ser prorrogado devido à complexidade do caso. Vamos ter as oitivas, vamos analisar os resultados das vistorias feitas. Uma série de procedimentos precisam ser feitos para que cheguemos à conclusão do inquérito”, afirmou o delegado Geral da Polícia Civil, Jair Paiva.

A perita geral Kelly Veiga contou que a equipe da perícia está desenvolvendo os trabalhos de exames periciais para determinar a principal causa do incêndio.

“Com a liberação do espaço pelo Corpo de Bombeiros dando total segurança, a equipe da perícia vai desenvolver os trabalhos dos exames periciais no local do incêndio para determinar a causa, o motivo propiciador e principal causador do incêndio. Como a estrutura é muito grande, foi de grandes proporções, a gente tem que trabalhar com segurança, sobretudo, e não podemos definir um prazo certo para finalizar os exames”, pontuou a perita.

Ela falou também que uma equipe do Instituto de Identificação (Ident) atuou no local. Uma das vítimas foi identificada de forma imediata, mas a outra, devido ao estado avançado de carbonização, passará por exame de DNA para ser identificada.

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