CRIME CIBERNÉTICO

Dois suspeitos de ataques hackers foram presos no Maranhão e Rio Grande do Sul

Os dois homens são investigados de participação em grupo criminoso responsável por mais de 10 ataques a provedores de internet.

Policiais civis trabalharam nas investigações em Imperatriz. (Foto: Divulgação/Polícia Civil)

A Polícia Civil do Maranhão deflagrou, no último sábado (5), uma operação policial batizada de “Operação Bug Data”, responsável por prender dois suspeitos de extorsão, invasão de dispositivo informático, interrupção e perturbação de serviço informático e temático e associação criminosa.

Durante a ação, também foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão contra investigados. De forma simultânea, os alvos foram presos nas cidades de Imperatriz, no Maranhão e em Bagé, no Rio Grande do Sul.

Segundo o Departamento de Combate aos Crimes Tecnológicos (DCCT/SEIC), o procedimento policial foi instaurado a partir da notícia de que um provedor de internet na cidade de Uruguaiana, no Rio Grande do Sul, havia sido atacado. O objetivo era sobrecarregar a largura banda do servidor ou fazer uso dos seus recursos até que estes se esgotem para tornar o serviço indisponível

Ainda de acordo com as investigações, durante o ataque DDoS, que significa “Distributed Denial of Service”, em tradução “Negação de serviço distribuída”, diversas solicitações são enviadas simultaneamente e a intensidade do ataque tornará o serviço instável ou indisponível.

O ataque cibernético resulta em milhares de usuários daquele provedor de conexão sem acesso ao serviço, podendo ocasionar severos prejuízos financeiros e até mesmo de saúde pública uma vez que prejudica o acesso a dados relevantes que só poderiam ser acessados através da internet.

Após o primeiro ataque, o criminoso exige valores para voltar à normalidade, fazendo com que os provedores de conexão acabem aceitando as exigências e depositem quantias nas contas fornecidas pelo hacker. Segundo informações advindas da investigação, o suspeito transforma os pagamentos recebidos pelas vítimas em criptoativos.

Na primeira fase da operação, em setembro de 2022, um homem foi preso na cidade gaúcha de Rio Grande e foram apreendidos diversos elementos decisivos para a prisão preventiva dos outros dois suspeitos, os residentes de Imperatriz e Bagé.

As autoridades policiais acreditam que, somado ao caso investigado, o grupo criminoso esteja por trás de mais de 10 ataques a provedores de internet no Estado do Rio Grande do Sul, podendo, inclusive ter repercussão em outros estados da federação.

Além da prisões dos dois homens, de 20 e 24 anos de idade, foram apreendidos diversos telefones celulares e equipamentos de informática, que foram analisados nos próprios locais de cumprimento das diligências pelo Instituto Geral de Perícias, que colaborou sobremaneira na busca da prova criminal.

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